Plenário do STAL na Veolia/Mafra decide aderir a greve geral de 27 junho - CGTP

| Política
Porto Canal / Agências

Mafra, 20 jun (Lusa)- Um plenário de trabalhadores do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) na Veolia (Águas de Mafra) de Mafra decidiu hoje pela adesão à greve geral do dia 27, disse o secretário-geral da CGTP.

Arménio Carlos adiantou à agência Lusa que os trabalhadores decidiram por unanimidade "avançarem para a greve geral do dia 27".

No plenário, participaram meia centena de trabalhadores de um total de cem que a empresa concessionária da água possui em Mafra, revelou João Coelho, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

Os sindicatos justificam a adesão à greve com as preocupações dos trabalhadores em relação ao seu futuro na empresa espanhola, que em março foi vendida por 95 milhões de euros aos chineses Beijing Enterprises Water Group.

Segundo os sindicatos, vários trabalhadores saíram das câmaras municipais para a empresa privada, a partir do momento em que esta ficou com a concessão de água nos concelhos de Mafra, Ourém, Paredes e Valongo e estão "receosos" quanto ao seu futuro, após a compra da empresa pelos chineses.

"Há uma preocupação relativa à decisão da empresa de ser vendida a uma multinacional e de a administração ainda não ter clarificado o que pode vir a acontecer. Esteve em discussão a necessidade de se encontrar formas de reforçar a capacidade reivindicativa para exigir clarificação sobre estas matérias", explicou Arménio Carlos.

Para a CGTP, "a água, sendo um bem público, deve ser património público e, como tal, deve ser gerida pelos serviços públicos e não por empresas privadas".

A venda da Veolia aos chineses foi a maior transação no setor de água na Península Ibérica desde a operação de recompra de ações e posterior OPA de exclusão de Águas de Barcelona (AGBAR) em 2009.

Em comunicado o Santander Totta, que também foi assessor da operação, explica que a compra das operações em Portugal pelo grupo chinês se insere na estratégia de "diversificação da presença geográfica para conseguir um portfolio de investimento mais balançado" e "em particular para entrar no setor europeu de água".

O grupo chinês considera ainda que a participação da Viola Portugal em parcerias público-privadas no setor de infraestruturas deverá resultar em "retornos financeiros estáveis e previsíveis".

A Veolia Portugal possui cerca de 450 trabalhadores em todo o país.

FYC (ASP) // PDF

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