Assis (PS) acusa Governo de "enganar" portugueses com “fogo-de-artifício”

| Política
Porto Canal

O cabeça de lista do PS às Europeias, Francisco Assis, acusou hoje o Governo de lançar "pequenos fogos-de-artifício", como a intenção de descida do preço do gás natural, para "enganar os portugueses" antes das eleições.

"Creio que estamos a assistir àquilo em que esta maioria é especialista, que é enganar os portugueses antes das eleições. Foi assim há três anos, volta a acontecer o mesmo agora. Eu creio que já ninguém acredita nas propostas e nas promessas que esta maioria vai fazendo", afirmou Francisco Assis.

O candidato socialista às Eleições Europeias de 25 de maio reagia, em declarações à agência Lusa, durante a visita à Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço, ao anúncio da intenção de descida de 5% na fatura paga pelos consumidores do gás natural, depois da disponibilidade também recentemente assumida pelo Governo para atualizar o Salário Mínimo Nacional.

"Infelizmente, a maioria não rompe com uma linha de orientação política que apenas garante mais austeridade, mais pobreza, mais dificuldades, mas incapacidade para resolver os problemas estruturais do país. O resto são pequenos fogos-de-artifício para enganar os portugueses", disse Assis, questionado pela Lusa.

Recordou que depois das Eleições Legislativas de 2011 a maioria PSD/CDS-PP "fez tudo ao contrário do que tinha prometido", pelo que "não há razão nenhuma para pensarmos que não será de outra maneira".

O socialista voltou a defender ser "fundamental", a nível europeu, nas próximas eleições, "uma rotura com a linha de orientação política" que "tem prevalecido" através da "imposição de uma austeridade excessiva", aplicada em Portugal por um "Governo extremista e radical".

"Os portugueses, com um Governo com estas características e incapaz de perceber o mal que está a fazer ao país, não têm nenhum motivo para estar sossegados. Aliás, é isso que sinto na rua", sublinhou Francisco Assis, em Melgaço.

Face a isto, o cabeça de lista do PS enfatizou que o partido tem a "missão" de, nas eleições de 25 de maio, "contribuir" para a construção de uma "alternativa política" que seja "suficientemente credível para que o país volte a olhar para o futuro com realismo e confiança".

Para Francisco Assis, e face ao que diz sentir em termos de apoio popular às propostas do partido, falta um mês para o PS "ter um resultado bom".

"Um resultado bom é ganhar as eleições com grande clareza", rematou.

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