Cerca de 250 trabalhadores vão sair do BPI sobretudo por rescisões amigáveis

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 24 abr (Lusa) - O BPI vai diminuir em cerca de 250 o número de trabalhadores este ano, sobretudo através de reformas antecipadas, disse hoje o presidente do banco, Fernando Ulrich.

Como tem vindo a referir Ulrich, o BPI quer antecipar em um ano - para o final deste ano, em vez de no final de 2015 - o fim do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia, que foi obrigatório depois de o banco ter recebido dinheiro público.

Para isso, o banco tem de cumprir as metas quantitativas acordadas, sendo que uma delas é a redução para no máximo 6.000 trabalhadores em Portugal.

No fim de março, o BPI tinha 6.254 na atividade doméstica, pelo que têm de sair cerca de 250 pessoas.

O presidente do banco, Fernando Ulrich, disse que essa redução de trabalhadores será feita "essencialmente através de reformas antecipadas" e que, para isso, o banco gastará este ano 18 a 19 milhões de euros.

Esse processo "resulta sempre de várias movimentações. Resulta de tarefas transferidas para 'outsourcing', mas serão movimentação com não muito impacto nessa frente, de reformas antecipadas negociadas e concertadas, de pessoas que saem porque querem sair e não são substituídas e de pessoas que saem porque atingem a idade de reforma".

As outras metas acordadas com a Direção-Geral da Concorrência são a redução dos ativos estratégico para 30 mil milhões de euros, a redução dos balcões para 684 (que já foi atingida) e a devolução das chamadas 'CoCo bonds'.

O BPI já pediu autorização para devolver os restantes 420 milhões de euros de obrigações subordinadas de conversão contingente ('CoCo bonds') subscritas pelo Estado, o que, a ser concretizado, significa que deixará de existir qualquer capital público na instituição.

Desde que, em junho de 2012, o Estado injetou 1.500 milhões de euros no BPI, para o recapitalizar, que o banco tem manifestado pressa em antecipar o pagamento de 'CoCo' já que, além de significarem intervenção estatal na instituição, implicam o pagamento de juros.

Entre janeiro e março, ascendeu a 18,2 milhões de euros o valor gasto com os juros das 'CoCo bonds'.

O banco divulgou na quarta-feira um um prejuízo de 104,8 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano.

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