Empresários defendem promoção externa para desenvolver náutica de recreio
Porto Canal / Agências
Peniche, 24 abr (Lusa) -- O futuro da náutica de recreio em Portugal deve passar pela promoção externa dos recursos e competências do país, defenderam hoje em Peniche responsáveis de três dezenas de instituições que assistiram à apresentação do projeto "Portugal Náutico".
O projeto que pretende "desenvolver uma estratégia para a náutica de recreio em Portugal" foi hoje apresentado na câmara de Peniche numa sessão que, segundo o presidente, António José Correia, "teve a particularidade de contar com os contributos de várias empresas, muitas das quais têm já uma componente de exportação ligada à náutica".
O repto foi lançado pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) e pela associação Oceano XXI, da qual António José Correia é também diretor, com o objetivo de "identificar propostas dos vários atores ligados a esta área, que possam enriquecer o projeto final", explicou o mesmo responsável.
Da sessão que atraiu cerca de três dezenas de organismos, a maioria dos quais empresas, saiu "um grande enfoque para se intensificar a procura de fóruns de promoção externa da náutica portuguesa", setor em que os operadores consideram que o país tem "competências e recursos".
Para além das potencialidades ligadas aos desportos náuticos (como a vela, o remo, a canoagem, o mergulho e a pesca desportiva) e às atividades marítimo-turísticas, as empresas sublinharam a importância de Portugal se posicionar como "ponto de passagem do fluxo de navegação turística do Mediterrâneo", exemplificou.
Outras das potencialidades a explorar passará por "atrair para Portugal grandes iates que podem ser reparados nos nossos estaleiros, aproveitando os recursos de que dispomos", acrescentou.
A sessão realizada em Peniche foi a segunda (depois de Matosinhos) de uma ronda de encontros preparatórios do projeto que será discutido no Fórum do Mar 2014, a realizar entre 28 e 30 de maio, na Exponor.
O projeto Portugal Náutico é apoiado pelo programa COMPETE e desenvolvido pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), associada da Oceano XXI, responsável pela dinamização do "Cluster do Conhecimento e da Economia do Mar".
O projeto pretende desenvolver uma rede de atuação que consolide as competências de Portugal no setor da náutica de recreio.
"Se existir uma aposta política e empresarial audaz e coordenada, Portugal terá condições para se afirmar como um 'player' no mercado mundial", sustenta a AEP num documento em que resume o projeto que pretende posicionar o país como um destino preferencial " e aproveitar um dos melhores mercados mundiais de nautas, constituído pelas ilhas Britânicas, Espanha, França, Holanda, Bélgica e Escandinávia".
Segundo os promotores o projeto terá impactos diretos em todos os setores "envolvidos na cadeia de valor da Náutica de Recreio, nomeadamente os ligadas ao desporto, às marinas, às atividades industriais e de serviços relacionados" e contribuirá para reduzir as importações que se cifram atualmente nos 75% , através da disponibilização de produtos nacionais.
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