Ajuda Externa FEEF aprova desembolso da última tranche do empréstimo a Portugal
Porto Canal / Agências
Luxemburgo, 24 abr (Lusa) -- A direção do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) aprovou hoje o desembolso da última 'tranche' do empréstimo a Portugal, de 1,2 mil milhões de euros, saudando o caminho percorrido, mas advertindo que o processo de reformas não terminou.
A decisão do Conselho de Diretores do FEEF, adotada numa reunião no Luxemburgo, e ainda na sequência da 11.ª revisão do programa de ajustamento macroeconómico, representa o final da assistência financeira deste mecanismo a Portugal, iniciada em junho de 2011, e que ascendeu no total a 26 mil milhões de euros, tal como ficara estabelecido na reunião de ministros das Finanças da UE de maio de 2011, quando foi acordado o "resgate" a Portugal.
Por ocasião da aprovação do "último desembolso do FEEF a Portugal", o diretor-executivo do Fundo, Klaus Regling, afirmou-se hoje "muito satisfeito por ver os progressos do país sob o programa de assistência financeira", sustentando que os empréstimos concedidos pelos parceiros europeus e FMI "permitiram a Portugal suavizar o ajustamento, a financiar o seu orçamento e recapitalizar o seu setor bancário, permanecendo na zona euro".
"Há três anos, Portugal perdera o acesso aos mercados. Após um ajustamento económico doloroso mas necessário, o país está agora a começar a ver benefícios, à medida que os desequilíbrios estão a ser corrigidos e a credibilidade reconquistada", disse.
Regling advertiu, no entanto, que "o final do programa -- a 17 de maio próximo - não é o fim do processo de reformas".
"Muitos desafios subsistem. Mas os passos bem-sucedidos rumo ao acesso total aos mercados e a determinação das autoridades colocaram Portugal numa boa posição para os enfrentar", acrescentou o responsável alemão, que é também o diretor-executivo do novo fundo permanente, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).
Do pacote total de ajuda externa a Portugal, no montante global de 78 mil milhões de euros, um terço é concedido pela UE ao abrigo do Mecanismo Europeu de Estabilização Financeira, o MEEF, outro tanto através do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, o FEEF (26 mil milhões cada), e a terceira fatia, de idêntico valor, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Por ocasião da criação do MEE, ficou estabelecido que o FEEF continuaria operacional para terminar o financiamento dos programas de assistência a Grécia, Portugal e Irlanda.
Depois de a Irlanda ter concluído o seu programa em dezembro último, e com o final da assistência a Portugal, no próximo mês, o Fundo continuará assim apenas operacional até terminar a assistência à Grécia.
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