Estaleiros: Espólio ficará "quase na globalidade" em Viana, garanterm deputados PSD

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Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 24 abr (Lusa) - Os deputados do PSD eleitos por Viana do Castelo garantiram hoje, após reunião no Ministério da Defesa, que o espólio dos estaleiros navais ficará "quase na globalidade" na cidade depois do encerramento da empresa.

"Tivemos a garantia do ministério e das administrações dos estaleiros e da Empordef, nesta reunião, de que o espólio, quase na globalidade, desde ferramentas a outro material produtivo, cultural e histórico da empresa, ficará em Viana do Castelo e está pronto a ser cedido", disse o deputado Eduardo Teixeira.

O social-democrata falava no final de uma reunião no ministério da Defesa Nacional, pedida com caráter de urgência, depois de revelado publicamente que uma parte do espólio dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) será entregue ao Museu Marítimo de Ílhavo (MMI).

"Estamos a falar de uma pequena parte do espólio, da construção dos bacalhoeiros, e outra para o Museu da Marinha, dos navios militares. Todo o restante espólio ficará em Viana do Castelo e manter-se-á nas mãos do Estado, através da Empordef", explicou o deputado.

Eduardo Teixeira, um dos dois eleitos que participou na reunião de hoje, em Lisboa, na presença do presidente do conselho de administração dos estaleiros, Jorge Camões, recordou que a proposta de criação em Viana de um museu sobre os ENVC foi apresentada ao Governo, em fevereiro de 2012, pelos eleitos do PSD pelo distrito.

"Congratulamo-nos por isso com esta garantia sobre o espólio. Aliás, de outra forma não podia ser", enfatizou.

Também a Empordef já garantiu que parte do espólio dos estaleiros "ficará em Viana do Castelo".

O esclarecimento foi feito terça-feira, à Lusa, por fonte oficial da holding pública das indústrias de Defesa, que tutela os ENVC, acrescentando contudo que "há vários meses" que foi solicitada à Câmara de Viana uma "solução" para o espólio a ceder, nomeadamente "como será tratado, exposto e a sua finalidade", o que "ainda não aconteceu".

No mesmo dia, o presidente da Câmara local tinha classificado como um "roubo" o anúncio da transferência de parte de material para Ílhavo, garantindo que "tudo fará" para manter a "memória" da empresa pública na cidade.

"Nós não vamos permitir que a cidade seja roubada ou espoliada. Já nos bastou a forma como o senhor ministro tratou a cidade e os trabalhadores dos estaleiros, não vamos permitir que este dossiê seja tratado dessa forma. Tudo faremos para impedir que o espólio seja delapidado de Viana do Castelo", afirmou José Maria Costa.

O autarca socialista reagia à assinatura de um protocolo entre os ENVC e a Câmara de Ílhavo, na segunda-feira, para a cedência temporária de parte do espólio físico e documental da empresa pública para fins culturais e científicos.

Rubricado na presença do ministro da Defesa, o protocolo prevê que o espólio dos ENVC fique depositado no MMI, incluindo documentação e maquetas de navios da pesca do bacalhau.

Também o Museu da Marinha já demonstrou interesse em receber parte do espólio dos estaleiros, nomeadamente sobre a construção de navios militares em Viana do Castelo.

Fundados a 04 de junho 1944, os ENVC estão atualmente em processo de encerramento e subconcessão dos terrenos e infraestruturas ao grupo Martifer.

PVJ // MSP

Lusa/fim

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