Arouca passou hoje a primeira multa por lixo depositado na rua fora do horário
Porto Canal / Agências
Arouca, 23 abr (lusa) - A Câmara Municipal de Arouca levantou hoje o primeiro auto de contraordenação contra um munícipe que depositou lixo na via pública fora do horário estipulado pela autarquia, que quer ter a rua "tão limpinha como a sala".
O presidente da autarquia garante que a população "foi avisada porta a porta" de que os serviços camarários iam passar a revelar-se intransigentes nessa matéria e, depois de detetada uma deposição ilegal no centro da vila no dia 2 de abril, foi hoje ativado o primeiro auto, que poderá obrigar ao pagamento de uma coima entre 50 e 150 euros.
"As pessoas têm que perceber que a rua tem que ser tratada como se fosse a sua sala de casa", declarou José Artur Neves à Lusa. "Queremo-la sempre limpinha e impecável e, para isso, é preciso cuidar dela", realça o autarca.
Atualmente, os serviços da autarquia garantem a recolha de resíduos tanto em contentores como no sistema porta a porta. No primeiro caso, o lixo é removido diariamente nos locais mais urbanizados das freguesias de Arouca, Burgo e Santa Eulália, e duas vezes por semana nas restantes zonas e freguesias do concelho. A deposição dentro dos referidos contentores pode fazer-se a qualquer altura, desde que esses ainda tenham capacidade para acolher os sacos de lixo.
Já no que se refere à recolha porta a porta, no centro da vila essa faz-se diariamente, com exceção para domingos e feriados. A deposição deve, por isso, verificar-se apenas entre as 18:00 e as 20:00 de segunda a sábado, sendo que é a partir desse período que os camiões de recolha fazem os devidos percursos.
"Toda a gente foi alertada para esses horários", insiste José Artur Neves. "Claro que quem receber uma contraordenação tem direito a defender-se e a argumentar, mas o Regulamento Municipal de Resíduos Urbanos é para cumprir e não vai haver facilidades", assegura.
O vereador Marcelo Pinho, responsável pelo pelouro do Ambiente e Urbanismo, afirma que as pessoas contactadas pelos fiscais da Câmara "ficaram muito sensibilizadas com as ações desenvolvidas pelos serviços da autarquia e, em alguns casos, até pediram desculpa, tendo-se comprometido a mudar de hábitos".
"Mas tínhamos que passar à ação", admite o autarca. "Não podíamos agir sem aviso prévio, mas também não podíamos deixar de punir os prevaricadores", explica.
AYC // MSP
Lusa/Fim