Liga Contra o Cancro do Norte autorizada a retomar rastreios ao cancro na mama

| Norte
Porto Canal

A Liga Portuguesa Contra o Cancro na região Norte foi autorizada a retomar os rastreios ao cancro da mama, que tinham sido suspensos no mês de março face à pandemia de Covid-19 e deixou cerca de 100 mil mulheres sem rastreio. Ao Porto Canal, Vítor Veloso, da Liga Portuguesa Contra o Cancro, diz que "não vai ser possível recuperar este ano, porque vamos ter de conviver com o vírus bastante mais tempo, mas tem a certeza de que este núcleo (do Norte) está interessado em fazer a recuperação, não num ano, mas em dois ou três anos daquilo que perdemos que foi a diminuição da mortalidade do cancro da mama na região Norte".

 

Vítor Veloso indica ainda que "infelizmente a parte burocrática neste pais e relacionado com a pandemia arrastou este processo por vários meses e resultou numa perda de 100 mil mulheres que deviam ter feito o rastreio", no entanto refere ainda que o núcleo Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro "está completamente à vontade para dizer que pode começar de imediato, na medida em que o pessoal está pronto e apto, assim como as unidades moveis e fixas".

Já a Lusa adianta que De acordo com a resolução, a Administração Regional de Saúde do Norte está autorizada "a realizar a despesa e proceder à repartição dos encargos decorrentes do rastreio oncológico do cancro da mama, para aos anos de 2020 a 2023, até ao montante máximo de 19.377.207,06 euros, no âmbito da implementação do Programa de Rastreio do Cancro da Mama".

Os encargos não podem exceder, em cada ano económico, os 4.844.301,76 euros.

Na quarta-feira, o presidente do Núcleo Regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), Vítor Veloso, explicou à Lusa que depois da interrupção motivada pela pandemia de covid-19, não foi possível retomar o rastreio do cancro da mama, como aconteceu noutras regiões do país, devido ao atraso do acordo entre o Ministério da Saúde e a LPCC/Norte.

O protocolo, que habitualmente era renovado anualmente, caducou ao fim de 20 anos, tendo sido necessário elaborar um novo acordo entre as duas entidades.

Depois de ter sido aprovada em conselho de ministros, a Liga aguardava há "cerca de um mês" a publicação da resolução que permite, a partir de hoje, retomar o rastreio.

Em declarações à Lusa, Vítor Veloso salientou que esta situação, de paragem da estrutura, com 70 funcionários e 22 unidades móveis e fixas, "correspondeu a um grande prejuízo do ponto de vista económico, mas sobretudo para a população".

"Vamos ter nos próximos anos um aumento de mortalidade e, sobretudo, vamos perder o que tínhamos conquistado, que era diminuição da mortalidade do cancro da mama no Norte de 20 a 25%. Sem dúvida, vai ser difícil de o conseguirmos", frisou.

Ficaram por realizar "milhares de exames vitais" para detetar este cancro numa população alvo de aproximadamente 630 mil mulheres, acrescentou.

Na resolução lê-se ainda que as doenças oncológicas são a segunda principal causa de morte em Portugal, sendo a luta contra o cancro uma das prioridades inscritas no Plano Nacional de Saúde.

O cancro da mama é o segundo mais comum a nível mundial e de longe o mais frequente na mulher, demonstrando uma taxa de incidência de progressivo aumento também a nível internacional, reflexo das alterações ao estilo de vida e dos padrões de reprodução.

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