Comissão sobre corrupção considera intimar Jacob Zuma se este faltar em novembro

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Porto Canal com Lusa

Joanesburgo, 21 set (Lusa) - O responsável da 'comissão Zondo', que investiga a grande corrupção na África do Sul, determinou hoje que o ex-presidente Jacob Zuma será intimado a comparecer se não testemunhar perante este órgão entre 16 e 20 de novembro.

"Esta comissão não negocia datas com testemunhas", adiantou o juiz Raymond Zondo, vice-presidente da Justiça da África do Sul, ao anunciar hoje as novas datas para o depoimento do ex-chefe de Estado durante uma declaração ao país transmitida pela televisão.

O juiz Zondo indicou que a 09 de outubro a comissão irá considerar uma intimação contra Zuma, para o ex-presidente comparecer perante a comissão, salientando que "esta notificação prosseguirá com ou sem a presença de Zuma ou da sua equipa jurídica".

A comissão Zondo, que investiga a corrupção no Estado durante o mandato presidencial de Zuma, havia convocado o ex-chefe de Estado para comparecer esta semana, entre 23 e 25 de setembro, perante a comissão de inquérito em Joanesburgo.

De acordo com Raymond Zondo, entre as várias razões apresentadas pelos advogados de Zuma para o ex-presidente não comparecer perante a comissão esta semana, conta-se a preparação da sua defesa no processo penal sobre a aquisição de armamento, uma recomendação médica para uma pausa de atividade devido à pandemia de covid-19, tendo em conta a sua idade (78 anos), e que Zuma está a receber aconselhamento jurídico sobre possíveis emendas ao regulamento da comissão de inquérito.

Jacob Zuma, que liderou o país entre 2009 e 2018, foi pressionado a afastar-se antes de terminar o mandato depois de múltiplos escândalos relacionados com corrupção.

No processo penal a decorrer em Pietermaritzburg, litoral do país, Zuma enfrenta várias acusações de associação ilícita, fraude, corrupção e lavagem de dinheiro por envolvimento em operações, supostamente fraudulentas, a favor de um contrato público de aquisição de armamento com o grupo francês Thales de mais dois mil milhões de dólares, em 1999, quando era vice-presidente da República.

O caso, que se arrasta na justiça sul-africana há 17 anos, desde 2003, foi adiado em 23 junho.

Zuma negou até agora todas as acusações afirmando ser uma 'caça às bruxas' política do partido no poder, o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) na altura liderado por Thabo Mbeki, que governou o país entre 1999 e 2008.

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