Dolce e Gabbana condenados a um ano e oito meses de prisão por fraude fiscal
Porto Canal / Agências
Roma, 19 jun (Lusa) - O Tribunal de Milão condenou hoje os estilistas italianos Domenico Dolce e Stefano Gabbana a um ano e oito meses de prisão por evasão fiscal no valor de mil milhões de euros, anunciaram os 'media' italianos.
O Ministério Público tinha pedido uma pena de dois anos e seis meses de prisão. Os advogados de defesa anunciaram que vão apresentar recurso, o que suspende a execução da pena.
Os estilistas, que têm como clientes celebridades como Beyoncé e Madonna, rejeitaram as acusações.
O veredicto prevê também que indemnizem o fisco italiano em 500 mil euros.
Dolce e Gabbana são acusados de, com outras cinco pessoas, terem constituído uma série de sociedades de fachada no Luxemburgo em 2004 e 2005, cedendo o controlo de pelo menos duas marcas do grupo para escapar ao fisco italiano, quando as empresas eram na realidade geridas a partir de Itália.
Antes da sentença, a procuradora Laura Pedio apontou uma "fraude fiscal sofisticada" e "com provas sólidas". Disse ainda que "os estilistas participaram ativamente na mesma assinando contratos de cedência de marcas".
O grupo Dolce & Gabbana foi fundado em 1985, tem atualmente mais de 3.000 trabalhadores e 250 pontos de venda em 40 países e registou um volume de negócios de mil milhões de euros no período de 2011/2012.
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