Autarca de Gaia acredita que vai estabilizar dívida de 252 milhões

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Porto Canal / Agências

Gaia, 17 abr (Lusa) -- A Câmara de Gaia fechou 2013 com uma dívida de 252,6 milhões de euros, mas o presidente Vítor Rodrigues assume estar "otimista" e assegura que irá fazer o "trabalho duro" de "estabilizar o funcionamento" do município.

"Penso que vamos conseguir durante este ano estabilizar o funcionamento do município", afirmou à Lusa o presidente da câmara "muito otimista", já que "parte do problema situa-se no exacerbado dispêndio que era feito em coisas absolutamente injustificadas".

O valor do passivo da câmara é referido no Relatório e Contas de 2013 a ser apreciado na próxima reunião do executivo, na segunda-feira.

Segundo Vítor Rodrigues, aos 252 milhões de passivo assinalados no relatório "devem ser somadas as dívidas das empresas municipais", o que gera em Gaia "uma situação difícil" e um "trabalho duro, mas [que] vai valer a pena" de "preparar financeiramente o município para o próximo Quadro Comunitário de Apoio".

Em 2013 observou-se ainda um aumento "substancial" de recurso a créditos, essencialmente no âmbito do PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) e também um aumento da despesa global, com mais de metade das disponibilidades financeiras da autarquia (54,79%) a serem canalizadas para despesas correntes, com destaque para as de funcionamento.

O documento assinala que também em 2013 se verificou um aumento das receitas municipais em 12,5%, tendo sido cobrados mais de 139,7 milhões de euros, com o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a representar mais de metade das receitas próprias.

O relatório analisou ainda o investimento global realizado pelo município que, atingindo os 35,8 milhões de euros no último ano, assume "a segunda posição no cômputo geral da despesa", representando 26,06% da mesma, ficando os encargos de funcionamento "na liderança", com 45,80%.

Outras despesas do município são relacionadas com as transferências correntes e subsídios, que para as freguesias assumem o "irrisório" montante de 611, 95 mil euros, ao contrário das Empresas Municipais que absorvem mais de 7,88 milhões de euros.

Para a Gaianima transferiu a Câmara de Gaia o montante de 4,67 milhões de euros, estando esta empresa municipal em processo de dissolução/liquidação até ao final do ano e apresentando um passivo de curto, médio e longo prazo de mais de 14 milhões de euros.

O próprio relatório de contas da Gaianima, também a ser apreciado segunda-feira, indica que a comissão liquidatária daquela empresa municipal detetou "expectativas de recebimento que nunca se concretizaram e não se concretizarão".

"Este relatório é o primeiro produto da auditoria que estamos a fazer na Gaianima", destacou o autarca segundo o qual as contas "indiciam uma clara gestão danosa" e irregularidades naquela Empresa Municipal -- com "um buraco de seis milhões de euros" -- que devem ser apuradas "até às últimas consequências".

Já a Águas e Parque Biológico de Gaia é a empresa municipal que apresenta o maior passivo (mais de 92 milhões de euros), tendo tido em 2013 um resultado negativo de 3,8 milhões de euros e agora a indicação do autarca de "travagem a fundo nas despesas megalómanas que andavam para lá".

Por fim, a Gaiurb é a única acima do vermelho, com "resultados claramente excecionais".

LIL // MSP

Lusa/Fim

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