A ministra as Finanças afirmou hoje que o Governo continua a "ponderar os fatores num sentido ou noutro" e anunciará "provavelmente até ao dia 5 de maio" se pretende sair do resgate com ou sem programa cautelar.

"Relativamente à estratégia de saída, estamos, como tenho tido ocasião de dizer, ainda a ponderar os vários fatores, continuamos a fazer o nosso trabalho. Já hoje saiu mais um conjunto de indicadores económicos que são positivos, o processo de regresso aos mercados continua a seguir o caminho que estava previsto, e continuamos a assistir a uma evolução positiva", afirmou a ministra de Estado e das Finanças, em resposta à comunicação social, na conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros.

"Continuamos a ter em conta e a ponderar os fatores num sentido ou noutro, e a seu tempo anunciaremos a decisão, sempre antes da data do final do programa e, como já foi até aqui referido, provavelmente até ao dia 5 de maio, que é o dia da última reunião do Eurogrupo antes da data do final do programa", acrescentou Maria Luís Albuquerque.

Por outro lado, questionada sobre uma eventual descida do IRS, a ministra de Estado e das Finanças respondeu que "aquilo que o senhor primeiro-ministro disse é o que há a dizer sobre a matéria", reiterando que o Governo PSD/CDS-PP tem essa intenção, se as circunstâncias o permitirem, mas não assume nenhum compromisso nesse sentido.

"Não há decisões tomadas sobre essa matéria. Não estamos em condições de assumir um compromisso quanto ao desagravamento fiscal. Se tivermos condições, repetindo julgo que textualmente o que o senhor primeiro-ministro disse, não é pelo facto de ser um ano de eleições que não deixaremos de iniciar um processo de redução de uma carga fiscal que todos reconhecemos que deveria ser mais baixa. Não temos condições neste momento de assumir um compromisso nesse sentido", declarou.