BE critica Câmara da Feira por comprar licenças em vez de optar por software gratuito

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Porto Canal / Agências

Santa Maria da Feira, 16 abr (Lusa) - O BE criticou hoje a Câmara da Feira por anunciar uma despesa de 243.000 euros em licenças de software para os computadores da autarquia, quando há "soluções grátis igualmente eficazes" que permitiriam reservar essa verba para outras áreas.

Emídio Sousa, presidente da autarquia, defende, por sua vez, que a crítica "apenas revela uma total ignorância quanto ao processo de licenciamento informático dos equipamentos [com sistemas operativos] da Microsoft, que é muito rigorosa quanto ao software que permite instalar nos seus computadores".

O alerta do BE surgiu no seguimento da publicação do concurso púbico para aquisição de licenças de software para um período de três anos, pelo valor base de 243.000 euros.

"Para o BE, torna-se incompreensível a forma como a Câmara da Feira se dispõe a gastar 243.000 euros em licenças de software quando existem soluções de 'open source' [código aberto] igualmente eficazes", lê-se no comunicado. "Existem soluções grátis e igualmente funcionais, não sendo preciso gastar essa verba, que tanta falta faz a muitas outras áreas", acrescenta o documento.

Considerando que em 2009 a autarquia "gastou mais de 91.000 euros com as mesmas licenças, em 2010 quase 58.000 e em 2011 (...) 187.000", o BE afirma: "Em cinco anos, a Câmara da Feira estima gastar mais de meio milhão de euros em licenças de software quando podia optar por uma solução gratuita".

A título de exemplo, o comunicado refere o exemplo de uma estrutura administrativa alemã: "Munique é dos municípios mais ricos do mundo e tem 15.000 computadores equipados com software livre. Um município como o de Santa Maria da Feira, que está cheio de dívidas, esbanja o dinheiro dos contribuintes sem explicações minimamente convincentes".

Questionado pela Lusa, o presidente da Câmara da Feira opta por não entrar em pormenores e insiste: "Essas afirmações do BE demonstram puro desconhecimento quanto à realidade do processo de licenciamento de software em computadores da Microsoft".

AYC // JGJ

Lusa/Fim

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