Câmara de Viana corta 5,4 ME ao passivo com "enorme esforço de poupança"
Porto Canal / Agências
Viana do Castelo, 16 abr (Lusa) - A Câmara de Viana do Castelo anunciou ter reduzido o passivo total em 5,4 milhões de euros através de um "enorme esforço de poupança" nas contas do município de 2013, que foram aprovadas hoje em reunião do executivo.
O Relatório de Atividades e Conta de Gerência, que mereceu o voto favorável apenas da maioria socialista, indica ainda que a receita do município aumentou no ano passado em 4,8 milhões de euros.
Acrescenta que a taxa de execução orçamental se fixou nos 78,1%, ou seja "o maior valor executado de todo o mandato [2010-2013]", atingindo os 55,8 milhões de euros.
Os vereadores dos partidos da oposição representados no executivo optaram pelo voto contra (PSD) e abstenção (CDU) às contas do município, durante a reunião ordinária realizada hoje, à porta fechada, indica uma nota divulgada pelos serviços da Câmara.
Também de acordo com fonte da autarquia, o passivo total do município - que inclui dívida de curto, médio e longo prazo -, foi reduzido em 5,4 milhões de euros durante o último ano, para cerca de 30 milhões de euros.
Esta diminuição, acrescenta a fonte, representou "um enorme esforço de poupança corrente", mas "sem pôr em causa o investimento necessário nas infraestruturas e equipamentos municipais, aproveitando o melhor possível os fundos comunitários".
Ainda segundo a Câmara, foram apresentadas candidaturas para obras e projetos a vários programas comunitários no valor de 7,3 milhões de euros, enquanto a despesa total do município atingiu, também em 2013, os 55,8 milhões de euros.
O Relatório de Atividades e Conta de Gerência recorda que as transferências do Estado para o Município de Viana do Castelo caíram nos últimos anos mais de 3,4 milhões de euros.
Apesar da redução também nos impostos próprios, devido ao abrandamento da atividade económica, a autarquia enfatiza que através de "medidas de poupança corrente" e de "uma política de eficiência energética", tem "vindo a reduzir o seu endividamento total", recorrendo ainda a "uma gestão rigorosa dos dinheiros públicos".
O documento revela que o investimento municipal global superou os 20 milhões de euros, ou seja um aumento de 2,7 milhões de euros face a 2013, o que se deve "ao elevado montante de comparticipação FEDER e à poupança corrente ao longo do exercício".
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