Covid-19: Governo alemão condena comportamento de manifestantes no sábado

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Porto Canal com Lusa

Frankfurt, 02 ago (Lusa) -- O Governo alemão condenou hoje o comportamento "inaceitável" dos manifestantes durante os protestos que se realizaram em Berlim, no sábado, contra as regras impostas para combater à pandemia de covid-19.

"Manifestações pacíficas são importantes, [mas] as imagens que vimos neste fim de semana são inaceitáveis", afirmou a porta-voz da chancelaria, Ulrike Demmer.

"O comportamento de muitos manifestantes não é de todo justificável", acrescentou, acusando os ativistas de "violações massivas" das regras de higiene.

Milhares de pessoas juntaram-se no sábado, nas ruas de Berlim, em protesto contra as restrições impostas pela pandemia de covid-19 e apesar do aumento de novas infeções, tendo as manifestações sido convocadas por diversas organizações, incluindo de extrema-direita.

Segundo as estimativas da polícia, cerca de 20.000 pessoas participaram nos protestos, que juntaram "pensadores livres", ativistas anti-vacinas, defensores de teorias da conspiração e simpatizantes da extrema-direita.

De acordo com a mesma fonte, 45 polícias ficaram feridos, três do quais tiveram de ser hospitalizados depois de serem atingidos na cara por vidros de janelas partidas, e foram detidas 133 pessoas.

Os manifestantes, a maioria dos quais não usaram máscaras e não respeitaram a distância física de 1,50 metros regulamentar na Alemanha, fizeram uma marcha em direção às Portas de Brandemburgo.

A polícia, que apresentou uma queixa contra o organizador do evento por "não ter respeitado as regras de higiene", começou a dispersar os manifestantes no final da tarde de sábado, mas centenas deles permaneciam nas ruas no final da noite, perto das Portas de Brandemburgo.

Uma outra manifestação, de caráter antifascista, decorreu no distrito de Neukoelln, no sul da área metropolitana de Berlim, tendo os manifestantes atirado pedras à polícia, lançado fogos de artifício e danificado dois carros da polícia e as instalações de um partido local.

Um total de 1.100 polícias foi mobilizado para os locais onde decorriam os protestos.

A covid-19 matou, até agora, cerca de 9.200 pessoas na Alemanha, mas as autoridades estão alarmadas com a lenta retoma do crescimento do número de infeções.

"Os protestos devem ser possíveis neste período de coronavírus, mas não desta maneira", criticou no sábado o ministro da Saúde, Jens Spahn, sublinhando a necessidade de respeitar as regras de proteção sanitária.

A pandemia já provocou mais de 685 mil mortos e infetou quase 18 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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