Ponte de Lima rejeita linha de alta tensão que atravessa concelho até à Galiza

Ponte de Lima rejeita linha de alta tensão que atravessa concelho até à Galiza
| Norte
Porto Canal com Lusa

A Câmara de Ponte de Lima emitiu um parecer desfavorável a uma das duas opções do projeto de construção da linha de muito alta tensão até Fonte Fria, na Galiza, Espanha, por atravessar "integralmente" o concelho, foi hoje divulgado.

Em comunicado a que a agência Lusa teve hoje acesso, a autarquia do distrito de Viana do Castelo explica que dos dois corredores propostos, a "opção 1, atravessa integralmente o concelho de Ponte de Lima na direção sul/norte, e é muito gravosa face ao grande impacto provoca no vale do Lima, com interferência na Área Protegida da Rede Natura do Sítio do Rio Lima e nas zonas de maior densidade populacional das freguesias da Ribeira, Arcozelo, Brandara, Calheiros e Refoios".

"A Câmara Municipal reafirma de novo a sua oposição à implantação daquele corredor", sustenta o documento.

O projeto esteve em consulta pública entre 15 de junho e 24 de julho.

Em causa está a construção de uma linha elétrica de 400 kV (quilovolt) desde Fonte Fria, em território galego, Espanha, até à fronteira portuguesa, com o seu prolongamento à rede elétrica nacional, no âmbito da Rede Nacional de Transporte operada pela empresa REN.

Em 2015, o projeto foi "recalendarizado" para ser submetido a novos estudos.

De acordo com o Estudo de Impacto Ambiental, o troço nacional deste projeto prevê a construção de duas novas linhas duplas trifásicas de 400 kV, atravessando, potencialmente, 121 freguesias.

A proximidade desta linha aérea, às casas, as consequências dos campos eletromagnéticos gerados na saúde humana ou o impacto visual de torres de 75 metros com margens de segurança de 45 metros para cada lado são as principais preocupações das populações de ambos os lados da fronteira.

A Câmara presidida por Victor Mendes (CDS) considera que a "opção 1" daquele projeto "aproxima-se de tal forma da vila de Ponte de Lima, que a ser executado, tornaria a linha de muito alta tensão visível da maioria da sua zona urbana, o que não seria minimamente aceitável considerando que uma das maiores atrações turísticas da vila de Ponte de Lima é efetivamente a paisagem e a harmonia e dialética que essa paisagem tem com o espaço contruído e natural".

De acordo com o parecer desfavorável aprovado em reunião camarária, a "opção 2" "que corresponde ao corredor preferencial, é a contém menores impactos a todos os níveis tendo em conta que a mesma atravessa zonas de montanha de muito menor densidade populacional e de menor sensibilidade ambiental".

"O município considera que face às alternativas colocadas, a opção 2, a que corresponde ao corredor preferencial, é a opção adequada", adianta o documento.

A autarquia considera que "à semelhança das posições já assumidas de forma recorrente nas fases anteriores deste projeto, aquela linha "cria impactos negativos muito significativos de natureza económica, ambiental e paisagística, com especial preocupação nos aspetos relacionadas com eventuais efeitos das radiações eletromagnéticas na saúde das populações mais próximas do traçado, razões pelas quais, sempre se opôs à sua implantação no concelho".

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