Direitos humanos: Londres sanciona 49 entidades, incluindo 25 russos e 20 sauditas

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Londres, 06 jul 2020 (Lusa) - O Governo britânico anunciou hoje um novo regime de sanções a 49 entidades e indivíduos, incluindo 25 cidadãos russos envolvidos na morte de Sergei Magnitsky e 20 sauditas envolvidos na morte do jornalista Jamal Khashoggi. 

A lista inclui dois generais militares do Myanmar envolvidos na repressão contra o povo rohingya e outras minorias étnicas e duas organizações envolvidas no trabalho forçado, tortura e mortes em campos da Coreia do Norte. 

O Governo britânico considera que este regime cria "novos poderes para impedir que pessoas envolvidas em graves violações de direitos humanos entrem no Reino Unido, canalizem dinheiro através de bancos britânicos e tirem proveito da economia" do país.

O objetivo é punir os visados independentemente do regime normal de sanções geográficas alargado ao país inteiro, em particular pelo homicídio contra jornalistas ou violações e abusos motivados por motivos de religião ou crença.

"Esta é uma demonstração do compromisso do Reino Unido Global em agir como uma força do bem no mundo", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dominic Raab, hoje no parlamento.

O regime é inspirado na Lei Magnitsky dos EUA, adoptada em 2012 e criada para punir responsáveis pela morte do advogado russo que denunciou vários casos de corrupção e de fraude fiscal por parte das autoridades do seu país e morreu em prisão preventiva, em 2009.

Simbolicamente, Raab vai encontrar-se mais tarde com a viúva e o filho de Sergei Magnitsky, Natalia e Nikita, junto com o amigo e colega Bill Browder, que liderou um grupo de pressão para este tipo de sanções serem introduzidos internacionalmente. 

Magnitsky era um advogado russo que morreu na prisão em 2009 depois de denunciar uma grande rede de corrupção.

O jornalista saudita Jamal Khashoggi foi assassinado em outubro de 2018 no interior do consulado saudita na Turquia, que está a julgar 20 suspeitos sauditas de envolvimento na morte, em que as autoridades locais denunciaram também o envolvimento do príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.

BM // ANP

Lusa/fim

+ notícias: Mundo

Investigadora portuguesa trabalha na criação de uma proteína para travar a malária

A microbióloga portuguesa Maria Rebelo está a trabalhar na produção de uma proteína que bloqueie o acesso de ligação do parasita que causa a malária à célula do hospedeiro e assim ajudar a travar a doença.

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.