Covid-19: Palestinianos apelam a Israel para encerrar acessos à Cisjordânia

| Mundo
Porto Canal com Lusa

Ramallah, 06 jul 2020 (Lusa) -- O Governo palestiniano apelou hoje a Israel para que encerre todos os pontos de passagem com a Cisjordânia ocupada para combater a propagação do novo coronavírus, após um aumento do número de casos em cada lado do muro de separação.

A Autoridade Palestiniana tinha decidido na semana passada bloquear durante cinco dias, a partir de 03 de julho, as zonas que governa na Cisjordânia, mas a sua decisão não tem efeito nas zonas deste território que estão sob controlo israelita.

O Estado hebreu ocupa desde 1967 a Cisjordânia, um território palestiniano onde controla todas as entradas.

"As taxas de contaminação atingiram níveis sem precedentes na Palestina por diversas razões, em particular pelo facto de não controlarmos os pontos de passagem e as nossas fronteiras", afirmou o primeiro-ministro palestiniano, Mohammed Shtayyeh, antes da reunião semanal do Governo.

"Pedimos a Israel que encerre todos os pontos de passagem e aos palestinianos que trabalham em Israel a permanecerem nos seus locais de trabalho e não regressarem aos territórios palestinianos", acrescentou.

Segundo o último balanço do ministério da Saúde palestiniano, mais de 4.200 pessoas foram contaminadas pela pandemia da covid-19 na Cisjordânia, com 16 mortes. Há uma semana, o número de casos situava-se nos 2.015.

A maioria das pessoas contaminadas participaram previamente em casamentos ou enterros, e as restantes são palestinianos que se deslocaram a território de Israel, precisou Shtayyeh.

Em meados de junho, a ministra da Saúde palestiniana, Mai al-Kaila, aludiu a uma segunda vaga de contaminações e "mais perigosa que a primeira".

Do lado israelita, as autoridades recensearam oficialmente mais de 30.000 casos de coronavírus, e mais de 330 mortos.

Israel, confrontado com um aumento importante de doentes na sequência do desconfinamento, anunciou hoje novas restrições: os bares, boates noturnas e salas de desporto vão voltar a encerrar, enquanto os restaurantes apenas poderão acolher 20 pessoas, contra as 30 autorizadas previamente.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 534 mil mortos e infetou mais de 11,47 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (129.947) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,88 milhões).

Seguem-se Brasil (64.867 mortes, mais de 1,6 milhões de casos), Reino Unido (44.220 mortos, mais de 285 mil casos), Itália (34.861 mortos e mais de 241 mil casos), México (30.639 mortos, mais de 256 mil casos), França (29.893 mortos, mais de 203 mil casos) e Espanha (28.385 mortos, mais de 252 mil casos).

A Índia, que contabiliza 19.268 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 697 mil, seguindo-se a Rússia, com mais de 686 mil casos e 10.271 mortos.

PCR // FPA

Lusa/Fim

+ notícias: Mundo

Ex-membro da máfia de Nova Iorque escreve livro dirigido a empresários

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- Louis Ferrante, ex-membro do clã Gambino de Nova Iorque, disse à Lusa que o sistema bancário é violento e que escreveu um livro para "aconselhar" os empresários a "aprenderem com a máfia" a fazerem negócios mais eficazes.

Secretário-geral das Nações Unidas visita Moçambique de 20 a 22 de maio

Maputo, 06 mai (Lusa) - O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, vai visitar Moçambique de 20 a 22 de maio, a primeira ao país desde que assumiu o cargo, em 2007, anunciou o representante do PNUD em Moçambique, Matthias Naab.

Síria: Irão desmente presença de armas iranianas em locais visados por Israel

Teerão, 06 mai (Lusa) - Um general iraniano desmentiu hoje a presença de armas iranianas nos locais visados por Israel na Síria, e o ministro da Defesa ameaçou Israel com "acontecimentos graves", sem precisar quais, noticiou o "site" dos Guardas da Revolução.