TAP: CDS critica processo "turbulento" e quer conhecer plano de viabilização
Porto Canal com Lusa
O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, criticou hoje o Governo pela forma "turbulenta" como conduziu o processo da TAP e por ainda não ter dado a conhecer o plano de viabilização da empresa.
Em Viana do Castelo, à margem de uma visita aos estaleiros da West Sea, Francisco Rodrigues dos Santos disse ainda esperar que seja "transitória" a assunção do comando da TAP por parte do Estado.
"Este imbróglio que foi gerado é o resultado da festa da reversão operada pelo Governo socialista em 2015, que observou um processo muito turbulento, aos gritos na praça pública, com a empresa a perder valor económico e a degradar-se, fruto desta instabilidade política, por culpa do ministro das Infraestruturas, com contradições entre ele e o primeiro-ministro. E, pasme-se, chegámos a este ponto sem que o país soubesse qual é o acordo para a revitalização da companhia aérea", afirmou.
O Governo anunciou na quinta-feira que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.
Atualmente, a participação do Estado na TAP é de 50%.
Para o líder do CDS, é necessário conhecer quais as cláusulas do acordo, para saber até que ponto é assegurado o interesse público e se a companhia irá servir "o país no seu conjunto", sem "discriminações injustificadas de muitas regiões".
Rodrigues dos Santos sublinha que o plano de recuperação deve assegurar que a TAP se assuma como "um fator decisivo" para a recuperação económica do país.
"Aguardaremos as cenas do próximo episódio, embora os protagonistas aqui não nos deixem antever nada que seja indutor de um espírito otimista", disse ainda.