PSD acusa PS de destruir o SNS em Coimbra

| Política
Porto Canal com Lusa

Coimbra, 29 jun 2020 (Lusa) -- O PSD acusa o PS de destruir o SNS em Coimbra, em resultado designadamente da "insuficiência recorrente de meios financeiros próprios" para o Centro Hospitalar e Universitário e da "desqualificação" do Hospital dos Covões.

"Coimbra assiste, com profunda tristeza, ao desmantelamento progressivo do melhor exemplo de Serviço Nacional de Saúde (SNS) do país e à perda irreparável do estatuto de capital de saúde que foi construído por gerações sucessivas de profissionais de saúde e por uma escola médica de referência internacional", afirmam os sociais-democratas.

O PSD entende que não deve "participar no triste espetáculo político -- com anos de repetição -- dos vários protagonistas socialistas no poder", desde a Câmara Municipal, à administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), à direção da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro e ao Ministério da Saúde, sublinhando que "todos são socialistas na cadeia de decisão política".

Nesse sentido, representantes dos sociais-democratas na Assembleia Municipal de Coimbra apresentaram hoje uma moção neste órgão autárquico, que está reunido, na tarde de hoje, no Convento São Francisco.

O documento foi rejeitado, tendo contado com os votos favoráveis, para além do PSD, dos autarcas do CDS-PP, do PPM e do MPT (eleitos no âmbito da coligação PSD/CDS-PP/PPM/MPT) e dos membros do movimento Somos Coimbra (SC), e os votos contra das bancadas do PS (que possuiu 23 dos 51 elementos que constituem a Assembleia), da CDU e do movimento Cidadãos Coimbra (CpC). Foi registada uma abstenção (de um presidente de Junta, eleito pelo PS como independente).

Na moção -- "um voto de protesto nacional sobre a gestão socialista da Saúde de Coimbra", cujo primeiro subscritor é Nuno Freitas, o PSD considera o PS "responsável pelo maior desinvestimento de sempre" no SNS de Coimbra, destacando, designadamente, a "insuficiência recorrente de meios financeiros próprios para o CHUC, desde logo no capital estatutário nunca totalmente realizado, desde a sua criação pela ministra socialista Ana Jorge", em 2010.

O CHUC agrega os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), o Hospital Geral Central (vulgarmente conhecido por Hospital dos Covões), o Hospital Pediátrico e as duas maternidades da cidade (Bissaya Barreto e Daniel de Matos) e o Hospital Psiquiátrico Sobral Cid.

A ausência de "qualquer investimento significativo na estrutura hospitalar de Coimbra nos últimos quatro anos" reflete-se na não concretização de projetos como a ampliação da urgência do CHUC ("com financiamento garantido pelo [programa comunitário] Centro 2020") ou das não construções da unidade de queimados ("anunciada pelo [anterior] ministro socialista", Adalberto Campo Fernandes) ou da nova maternidade (anunciada pelo anterior e atual ministros da Saúde), indica o PSD, entre outros exemplos.

"O PS desqualificou gravemente o Hospital dos Covões", acusa ainda o PSD, apontando casos como a não execução da "nova ala de Pneumologia", o encerramento do "mais diferenciado Centro de Cardiologia, com prestígio e referenciação clínica nacional e internacional" ou da desgraduação do serviço de urgência "para o nível mais básico".

"O PS não tem qualquer projeto coerente e consistente para a saúde de Coimbra", concluem os sociais-democratas, salientando designadamente que "nunca existiu qualquer plano estratégico discutido com os profissionais de saúde e com a população sobre a fusão hospitalar do CHUC".

A Assembleia Municipal aprovou hoje, no entanto, uma moção do PS "em defesa [do Hospital] dos Covões" e "contra o derrotismo" do PSD e do SC, com os votos favoráveis do PS, da CDU e do CpC.

No documento, o PS exige "visão e planos estratégicos para o Hospital dos Covões", com "a urgência polivalente que ele merece e os serviços de especialidade que devem ser característica de um hospital central".

JEF // SSS

Lusa/Fim

+ notícias: Política

Já são conhecidos os ministros de Economia e das Finanças

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresentará a lista da equipa governamental ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, às 18h00 desta quinta-feira. Destacam-se na composição do governo Joaquim Miranda Sarmento, como ministro das Finanças, e Pedro Reis, como responsável pela pasta da Economia, como avança o jornal Eco.

Já se sabem mais oito nomes que vão compor o novo Governo

O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresentará a lista da equipa governamental ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, às 18h00 desta quinta-feira. No entanto, já há nomes para oito pastas no novo Governo, confirma a SIC Notícias.

Programa do governo será debatido no dia 11 e 12 de abril

A Assembleia da República vai debater o programa do XXIV Governo Constitucional a 11 e 12 de abril, documento que será entregue no dia 10, foi esta quinta-feira anunciado pelo presidente do parlamento.