CIP defende programa cautelar após saída da 'troika'
Porto Canal
A CIP - Confederação Empresarial de Portugal defendeu hoje que o país deverá recorrer a um programa cautelar após a saída da 'troika', em maio, e que devem ser tomadas precauções para regressar aos mercados.
"A CIP considera que deve haver um conjunto de cautelas para regressar aos mercados e, por isso, vê com bons olhos o recurso a um programa cautelar e demos disso conta ao primeiro-ministro", afirmou o presidente da CIP, António Saraiva, aos jornalistas após um encontro com Passos Coelho, em São Bento.
António Saraiva defendeu ainda que no período pós 'troika' é necessário haver crescimento económico e criar condições para tal, o que implica "fazer reformas estruturais que ainda não foram feitas".
Para a CIP é importante promover condições para o investimento, nomeadamente, facilitar o acesso ao financiamento e à internacionalização das empresas.
"A competitividade tem de ter um ambiente mais favorável", disse o líder da CIP, referindo-se à necessidade de melhorar a justiça e a política fiscal e de reduzir a burocracia.
Apesar de o aumento do salário mínimo nacional não ter sido abordado no encontro, António Saraiva manifestou, perante os jornalistas, a disponibilidade da CIP para discutir o aumento desta remuneração para os 500 euros, desde que seja acautelada a competitividade externa das empresas.
"O salário mínimo nacional deve ser definido no âmbito de um acordo para três ou quatro anos e deve ter em conta critérios objetivos", disse o representante patronal, defendendo que este aumento deve depender, nomeadamente, da produtividade.