Câmara de Vila Real lança novo concurso para Observatório da Biodiversidade

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 08 abr (Lusa) -- A Câmara de Vila Real anunciou hoje o lançamento de um novo concurso público para o Observatório da Biodiversidade, cuja construção parou há alguns meses, com um projeto que pode acolher ideias dos estudantes de arquitetura paisagista.

O observatório está incluído no Programa de Preservação da Biodiversidade, que representa um investimento global de 1,7 milhões de euros e foi lançado em 2010 pela Câmara de Vila Real em parceria com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O primeiro prazo de conclusão deste equipamento apontava para agosto.

"Havia um problema com o empreiteiro que estava a executar a obra, questões que se relacionavam com a própria conceção desse equipamento. Neste momento, estamos a tentar resolver isso de forma benéfica para ambas as partes e brevemente vamos lançar um novo concurso", disse hoje o vereador do Ambiente, Adriano Sousa.

O autarca adiantou que o próximo passo é informar o empreiteiro sobre a rescisão do contrato e que, mal estejam criadas as condições, o município vai avança com o novo concurso público e irá reformular o projeto, podendo até incorporar algumas sugestões que possam sair do workshop de Arquitetura Paisagista que está a decorrer, até sexta-feira, na UTAD.

A edição deste ano é subordinada ao tema "O Observatório da Biodiversidade de Vila Real", resultando de uma parceria entre o departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista da UTAD e a Câmara de Vila Real.

Hoje, os cerca de 40 alunos da licenciatura de Arquitetura Paisagista e restantes participantes do workshop vão visitar o observatório, que está a ser instalado no edifício das minas de volfrâmio, na Quintã, zona da Campeã, e cujo projeto inicial previa um custo de 64 mil euros.

O professor Frederico Meireles explicou que até ao final da semana os grupos de trabalho terão de produzir uma proposta de intervenção para o equipamento.

"O desafio dos alunos vai ser pegar nesse espaço e desenvolver as suas propostas, com um projeto concreto que pode vir a ser aproveitado", salientou o docente.

O observatório estender-se-á a uma lagoa artificial, que começou por ser uma "dissonância ambiental", mas que acabou por captar uma grande variedade de espécies, que poderão ali ser observadas.

São cerca de cinco hectares que vão funcionar como uma "montra" da biodiversidade do concelho, destacando-se a existência da drosera, uma pequena planta carnívora.

No local foram também identificados alguns ninhos de myrmica, a formiga que faz parte do ciclo biológico da borboleta azul e o que leva a supor que este lepidóptero regressou ao vale da Campeã.

Trata-se um de lepidóptero bastante frágil e com baixa tolerância a variações no ecossistema, necessitando de condições ecológicas específicas, como a planta hospedeira, a genciana (gentiana pneumonanthe), onde coloca os ovos, e a formiga do género myrmica que a alimenta no seu formigueiro durante as últimas fases larvares.

PLI // JLG

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