Afreximbank e ITC lançam formação para empresas sobre acordo de livre comércio

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Porto Canal com Lusa

Cairo, 06 jun 2020 (Lusa) - O Afreximbank anunciou hoje uma parceira com o Internationl Trade Center (Centro de Comércio Internacional, ITC) para dar formação a Pequenas e Médias Empresas sobre como usar o acordo de livre comércio para aumentar os negócios no continente africano.

De acordo com um comunicado divulgado pelo Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), o programa de formação 'Como Exportar no âmbito do acordo sobre a Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA)' vai ser lançado na Costa do Marfim, Nigéria e Ruanda e treinará empresários sobre a melhor maneira de aproveitar o acordo para fazer trocas comerciais no continente.

"A formação vai dar aos empresários os conhecimentos e as ferramentas de que precisam para se envolverem de forma eficaz no comércio interfronteiriço ao abrigo do novo acordo de livre comércio, aumentando as trocas comerciais no continente de 1,2 mil milhões de pessoas, e que representam apenas 15% do total, quando na Europa este valor é 70%", lê-se no comunicado enviado à Lusa pelo banco multilateral com sede no Cairo.

"No contexto da crise económica e de saúde resultante da pandemia da covid-19, as pequenas e médias empresas africanas precisam de apoio para aproveitar todas as vantagens do mercado continental", disse a diretora executiva do ITC, Dorothy Tembo, citada no comunicado.

Para o Afreximbank, o acordo com o ITC corresponde à vontade de apoiar as empresas africanas a aumentarem o comércio intrarregional e a ultrapassarem as dificuldades colocadas pelas restrições ao comércio decorrentes da pandemia.

"A iniciativa sinaliza uma estratégia de otimização para apoiar os negócios e desenvolver cadeias regionais de valor, que se tornaram mais relevantes com a chegada da pandemia, e é uma maneira proativa de apoiar a implementação do AfCFTA e dar às pequenas e médias empresas as ferramentas para responderem de forma mais eficaz aos desafios económicos e sociais colocados pela pandemia global", disse a diretora executiva da Iniciativa para o Comércio Intra-Africano no Afreximbank, Kanayo Awani.

O acordo de livre comércio pretende liberalizar as trocas comerciais no continente e tem como objetivo eliminar as tarifas aduaneiras em 90% dos produtos, devendo entrar em vigor apenas no próximo ano devido às dificuldades decorrentes da pandemia.

O AfCFTA permitirá criar o maior mercado do mundo com um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado a ascender a 2,5 biliões de dólares (cerca de dois biliões de euros), de acordo com estimativas anteriores à pandemia de covid-19.

Dos países lusófonos, só São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial ratificaram o acordo.

MBA // JH

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