Lisboa, Porto, Cávado e Aveiro com maior índice sintético de desenvolvimento regional
Porto Canal com Lusa
Redação, 04 jun 2020 (Lusa) -- Apenas as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, o Cávado e a região de Aveiro superavam a média nacional do índice sintético de desenvolvimento regional, em 2018, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
"Os resultados de 2018 revelam que quatro das 25 sub-regiões NUTS III superavam a média nacional: as áreas metropolitanas de Lisboa (106,59) e do Porto (102,66), o Cávado (101,70) e a região de Aveiro (100,84)", indica o INE.
O índice sintético de desenvolvimento regional é calculado com base no desempenho das regiões em três áreas: competitividade, coesão e qualidade ambiental.
Só a área metropolitana do Porto atingiu um desempenho acima da média nacional nas três áreas, em 2018, com a área metropolitana de Lisboa e a região de Aveiro a ficarem abaixo da média na qualidade ambiental e o Cávado abaixo da média na competitividade.
O índice de competitividade era o que apresentava uma "maior disparidade regional", com a área metropolitana de Lisboa a destacar-se com o índice mais elevado (113,50).
Acima da média nacional estavam apenas mais duas sub-regiões: a área metropolitana do Porto (105,98) e região de Aveiro (105,03).
"De uma forma geral, o interior continental e as regiões autónomas apresentavam um índice de competitividade mais reduzido em comparação com o litoral continental", salienta o INE.
Já o índice de coesão apresentou um "retrato territorial mais equilibrado", com sete sub-regiões acima da média nacional, ainda que maioritariamente no litoral.
A área metropolitana de Lisboa voltou a destacar-se com o valor mais elevado (107,15), seguindo-se a região de Coimbra (106,62), o Cávado (105,43), a área metropolitana do Porto (101,53) e o Alentejo Central (101,28).
No fim da tabela encontravam-se o Baixo Alentejo, a Região Autónoma da Madeira, o Tâmega e Sousa, o Douro e, por último, a Região Autónoma dos Açores.
Quanto à qualidade ambiental, verificou-se uma "imagem territorial tendencialmente simétrica à da competitividade", com os valores mais elevados a concentrarem-se no interior continental e nas regiões autónomas.
"Entre as sub-regiões com índices abaixo da média nacional, encontravam-se seis das 10 NUTS III mais competitivas: região de Aveiro, região de Leiria, Oeste, área metropolitana de Lisboa, Alentejo Litoral e Algarve", realça o INE.
Este parâmetro é, ainda assim, o que registou uma "disparidade territorial menor", com 16 sub-regiões acima da média nacional.
A sub-região Terra de Trás-os-Montes foi a que apresentou melhor desempenho no índice de qualidade ambiental, seguindo-se Beira Baixa, Madeira, Alto Alentejo e Açores.
De acordo com o INE, em 2018, "verificou-se um aumento da disparidade territorial nas três dimensões de desenvolvimento regional face a 2012", sobretudo no índice de competitividade, que aumenta de uma variação de 7,9% para 9,1%.
Em comparação com o ano anterior, há, no entanto, uma redução da disparidade no índice de qualidade ambiental.
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