Covid-19: Guterres pede mundo mais inclusivo e sustentável no pós-pandemia

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Porto Canal com Lusa

Nova Iorque, 03 jun 2020 (Lusa) -- O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, considerou hoje que a pandemia de covid-19 está a "expor as fragilidades" do planeta e pediu um mundo "mais inclusivo, resiliente e sustentável", rejeitando um regresso "ao sistema que criou" estas fragilidades.

"A coivd-19 está a expor as fragilidades do nosso mundo. Colocou a nu as profundas injustiças e desigualdades nos rendimentos, no género, raça e mais. Regressar ao sistema que criou estas fragilidades está fora de questão", afirmou Guterres durante uma cimeira virtual organizada pelo Grupo de Estados de África, Caraíbas e Pacífico (ACP).

Nesse sentido, o secretário-geral da ONU considerou que os esforços devem ser dirigidos "para a construção de economias e sociedades mais inclusivas, resilientes e sustentáveis, baseadas na Agenda 2030" e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Da mesma forma, António Guterres assinalou que além do combate à pandemia, é necessário enfrentar "outras crises", como a emergência climática.

"Alguns Estados insulares em desenvolvimento enfrentam desafios particulares", disse, acrescentando que muitos destes "dependem fortemente do turismo", um dos setores mais afetados pela pandemia.

António Guterres enalteceu a reação dos países africanos à pandemia da covid-19, considerando que "a resposta rápida e eficaz à crise é uma lição para outros países e regiões", mas advertiu que há muito por fazer.

O secretário-geral das Nações Unidas acrescentou que é necessária uma resposta imediata para evitar que milhões de pessoas pelo continente "sejam empurradas para a pobreza extrema ou até fome".

"Não podemos permitir que isto aconteça", vincou.

Guterres apelou para que a vacina, "a única solução" para evitar consequências mais graves para o futuro do mundo, deva ser disponibilizada de forma acessível e igualitária.

"Deve ser vista como um bem público global", concluiu.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 380 mil mortos e infetou quase 6,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,7 milhões de doentes foram considerados curados.

Em África, há 4.493 mortos confirmados em mais de 157 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), paralisando setores inteiros da economia mundial, num "grande confinamento" que vários países já começaram a aliviar face à diminuição dos novos contágios.

O "Grande Confinamento" levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

JYO // LFS

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