Nova Política Agrícola Comum exige agricultores mais ativos, diz CAP

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Porto Canal / Agências

Torre de Moncorvo, 03 abr (Lusa) - O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse hoje que os agricultores portugueses terão de ser mais ativos e assim produzirem mais para poderem receber mais fundos comunitários nna nova Política Agrícola Comum.

"O grande objetivo desta nova PAC é o de aumentar a produção agrícola europeia. Daqui para a frente serão definidas regras para se saber o que é um agricultor ativo. Aqueles que não cumprirem as regras estipuladas por Bruxelas vão deixar de receber apoios comunitários", disse hoje João Machado.

O dirigente falava à margem do Conselho Regional de Trás-os-Montes promovido pela CAP, em Torre de Moncorvo que juntou 47 associações da lavoura que se fizeram representar por mais de 80 dirigentes.

Segundo o dirigente, não poderá acontecer o que acontecia no passado, ou seja, terá de haver uma prática agrícola efetiva de produção, já que o objetivo desta nova politica agrícola é o aumento da produção agrícola europeia.

"Daqui para a frente está tudo preparado para definir em que moldes se poderá considera um agricultor ativo dentro de um quadro complexo que vai analisar setor a setor agrícola, estipulando um conjunto de regras, as quais passam pela proteção do meio ambiente ou da própria segurança alimentar", explicou João Machado.

Porém, e após uma primeira análise, as exigências da nova PAC," há agricultores condenados a perder dinheiro".

Em contraponto, haverá setores agrícolas e agricultores que com a nova redistribuição de fundos comunitários vão receber mais dinheiro.

"O que se pretende é que haja mais agricultores e hectares de terreno a produzirem, havendo em alguns casos, uma subida de apoios até 60% da média comunitária para alguns produtores agrícolas nacionais", acrescentou o presidente da CAP.

Em jeito de conclusão, João Machado, disse que o novo Quadro Comunitário tem diversas vantagens para os agricultores portugueses, já que nos próximos sete anos Portugal não vai perder dinheiro.

"Há menos dinheiro para a PAC, há igualmente mais países para serem distribuídos fundos comunitários de apesar de Portugal não ser um grande ganhador, não será um grande perdedor" concluiu.

FYP // MSP

Lusa/fim

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