Banco de fomento vai tentar ser o "simétrico" da banca privada comercial

| Economia
Porto Canal / Agências

Matosinhos, 02 abr (Lusa) -- O presidente da comissão instaladora da instituição financeira de desenvolvimento (IFD), também designada de "banco de fomento", afirmou hoje que esta vai procurar ser o "simétrico" da banca privada comercial, colmatando lacunas existentes no mercado.

Durante uma intervenção no seminário "Mercado de capitais e o financiamento da economia em Portugal", o presidente da comissão instaladora da IFD, Paulo de Azevedo, explicou que a instituição vai ter "de ocupar espaço que não está a ser ocupado pelo privado e se não está é porque [ao] risco de retorno os privados não querem concorrer".

"Ela aparece para colmatar determinadas falhas de mercado. Esta instituição tenta ser o simétrico relativamente ao comportamento das instituições bancárias privadas comerciais", afirmou Paulo de Azevedo, que realçou que tentar comparar a IFD ao alemão KfW é o equivalente a comparar uma equipa de futebol da Segunda Liga portuguesa ao Bayern Munique.

Quando questionado sobre o "poder de fogo" da IFD em termos de capacidade, o presidente da comissão instaladora afirmou "vai ser muito", acrescentando que terá "um montante significativo do ponto de vista dos fundos comunitários 2014-2020".

Paulo de Azevedo sublinhou que foram detetadas duas falhas principais no mercado, sendo a primeira uma "insuficiência de capitais permanentes ao nível das Pequenas e Médias Empresas (PME)" e a segunda ao nível do preço do financiamento.

Desta forma, o presidente da comissão instaladora da IFD recordou que uma PME portuguesa se financia a mais de 300 pontos base do que uma sua congénere num outro mercado europeu.

Assim, a utilização de fundos comunitários no âmbito da instituição deverá ser numa "lógica aditiva", ou seja "pretende-se que por cada unidade monetária que se possa colocar numa PME em financiamento tenha uma capacidade de arrasto de capitais privados num determinado rácio".

TDI// ATR

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