UE/África: Portugal um dos 13 países que contribui para missão militar na RCA
Porto Canal / Agências
Bruxelas, 02 abr (Lusa) - Portugal é um dos 13 países que contribuem para a missão militar da União Europeia na República Centro-Africana, que deverá estar operacional no terreno no final de maio, indicou hoje em Bruxelas o comandante da operação.
O general Philippe Pontiès fez hoje em Bruxelas o ponto da situação da missão "EUFOR RCA", no dia em que se celebrou, à margem da IV Cimeira UE-África, uma "mini-cimeira" sobre a situação na República Centro-Africana, com a participação dos líderes políticos de vários países africanos vizinhos e Estados-membros da UE envolvidos, entre os quais Portugal, que esteve representado pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
O general francês especificou os contributos oferecidos por 13 países - 12 Estados-membros da UE e um país terceiro, a Geórgia, que fornece uma companhia de combate -, tendo referido que Portugal participará na força de gendarmaria (força policial militar, através de elementos da Guarda Nacional Republicana), e disponibilizará um avião de transporte C-130, no teatro de operações.
Os outros países que contribuem para a "EUFOR RCA", que no total contará com cerca de 1.000 militares, são França (que já tem 2.000 homens no terreno e participará na missão com uma companhia de combate, meios de transporte e manutenção e gendarmaria), Espanha (forças especiais e contributo para força de gendarmaria), e ainda Estónia, Letónia, Polónia, Itália e Finlândia, também com meios humanos, e Alemanha, Luxemburgo, Reino Unido e Suécia, sendo que estes quatro países contribuem através de meios logísticos, designadamente transporte aéreo estratégico.
A 21 de fevereiro passado, depois de um encontro informal de ministros da Defesa da UE, o ministro José Pedro Aguiar-Branco indicou, em declarações à Lusa, que a participação de Portugal na missão - que deverá prolongar-se até seis meses a partir do momento que esteja operacional - deverá restringir-se a um mês.
"A nossa participação está apontada para um mês. E depois logo se veria se haveria condições ou interesse de ver renovada essa participação. Tem a ver com as condições das estimativas orçamentais para 2014", afirmou.
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