Manifestantes incendiaram Ministério da Habitação da Venezuela

Manifestantes incendiaram Ministério da Habitação da Venezuela
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Porto Canal

Um grupo de manifestantes incendiou, esta terça-feira, o edifício do Ministério da Habitação da Venezuela, em Chacao, obrigando os bombeiros a intervir e a resgatar mais de 300 pessoas que se encontravam no interior do prédio.

Segundo William Martínez, diretor dos Bombeiros do Distrito Capital, o incêndio, que destruiu pelo menos um piso da estrutura do edifício, que se situa a leste de Caracas, mobilizou uma centena de bombeiros, apoiados no combate às chamas por um total de 15 viaturas.

O incêndio terá sido provocado por um ataque com 'cocktails molotov' que durou mais de 15 minutos.

Os funcionários que estavam no local, incluindo o próprio ministro da Habitação da Venezuela, Ricardo António Molina Peñalosa, procuraram refúgio nos pisos superiores do edifício.

O ataque teve lugar várias horas depois de a polícia venezuelana ter reprimido centenas de manifestantes que se concentraram na Praça Brión de Chacaíto (leste de Caracas), numa manifestação de apoio à deputada da oposição Maria Corina Machado, recentemente destituída do cargo pela direção do parlamento depois de ter criticado o Governo venezuelano em organismos latino-americanos.

Vários portugueses daquele município disseram à agência Lusa que a polícia recorreu ao uso "exagerado" de bombas de gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que "com raiva" destruíram paragens de autocarros, cartazes e arrancaram os ferros que dividiam uma das avenidas.

"Tivemos que fechar as janelas, os gases eram insuportáveis e faziam 'arder' os olhos. Apolícia perseguia os mais jovens de mota, levando-os detidos", explicou uma das fontes à Lusa.

Maria Corina Machado tentou, sem sucesso, aceder ao parlamento, que amanheceu fortemente militarizado.

Insultada por simpatizantes do regime venezuelano, optou por recorrer ao Supremo Tribunal de Justiça para intentar uma ação contra a sua destituição.

Várias pessoas dão conta de que nas últimas horas haviam barricadas com materiais em chamas em várias zonas de Caracas. Também que nas proximidades da Praça de Altamira ocorriam confrontos entre manifestantes e oficiais da Guarda Nacional Bolivariana (polícia militar).

Fora da capital, na Ilha de Margarita, dezenas de estudantes tentaram entregar um documento ao governador Carlos Mata Figueroa, mas foram recebidos por funcionários policiais que tentaram dispersá-los com gás lacrimogéneo.

Vários jovens foram detidos, entre eles o lusodescendente Nelson Ferreira. Um estudante ficou gravemente ferido.

Diversas ruas das localidades de Cabudare e Barquisimento, a oeste de Caracas, foram, na terça-feira, ocupadas por manifestantes que bloquearam os acessos e queimaram pneus, num protesto em que até participaram freiras católicas.

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