Exames: FNE aponta para adesão à greve acima dos 80%
Porto Canal / Agências
Redação, 17 jun (Lusa) -- A Federação Nacional da Educação (FNE) aponta para uma adesão à greve "acima dos 80 por cento", valores que vão ao encontro dos 90% de adesão que a Fenprof apontou hoje de manhã.
"Acima dos 80%. Vai ao encontro dos números da Fenprof", disse à Lusa Fátima Martins, da FNE.
O secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, que esteve hoje a visitar a Escola Alexandre Herculano no Porto, questionou a legalidade da convocatória feita aos professores.
"O ministério fez uma convocatória que nós não sabemos se tem total legalidade e alguns dos professores que foram convocados dentro deste grupo total, disponibilizaram-se para substituir os colegas que estão a fazer greve e que impediriam a realização destes exames", afirmou.
João Dias da Silva exigiu também a marcação de uma nova data para os alunos que não fizeram este exame.
"Isto é irrenunciável da parte do Ministério da Educação", asseverou.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da FNE disse que que preferia que a percentagem fosse de 100 por cento e que todos os professores estivessem em greve.
"Achamos que há razões muito fortes para fazer greve, que esta greve se justifica, tem todas as razões para que ocorra, e vamos agora fazer o balanço e a leitura sindical", disse.
O secretário-geral da FNE lembrou que existe uma grande preocupação para que haja "um equilíbrio entre as diferentes provas que são postas à disposição dos alunos".
"Já sabemos todos que desde sempre, na primeira e segunda fases, havia provas que, na comparação, umas eram mais fáceis, outras mais difíceis. (...) Isto existe todos os anos (...). Aquilo que acontece, é que desta vez o Ministério da Educação vai ter de usar a terceira prova, que é sempre também elaborada por questões de segurança", alertou o responsável da FNE.
A FNE lembrou que a greve não foi feita de propósito para ser nesta altura.
"A greve é neste momento, porque foi nesta altura que o Governo apresentou propostas que são muito más e que têm a ver com um desprestígio da profissão e dos profissionais".
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