Mota-Engil prepara descentralização do processo de decisão
Porto Canal / Agências
Lisboa, 31 mar (Lusa) -- A Mota-Engil prepara a descentralização do processo de decisão, refletindo a crescente internacionalização do grupo, o que pode significar ter membros da comissão executiva em África ou na América Latina.
"Vamos ter que praticar uma maior descentralização no processo decisório da própria empresa", afirmou hoje o presidente da Mota-Engil, Gonçalo Moura Martins, na conferência de imprensa de divulgação dos resultados relativos a 2013.
De acordo com o responsável, o grupo "vai continuar com a sua sede e estrutura dirigente em Portugal", mas "a organização tem que ser diferente de quando 60% ou 70% da faturação era em Portugal".
"Possivelmente um dia destes vamos ter membros da comissão executiva do grupo no exterior. Em África ou na América Latina, porque só se estivéssemos muito distraídos é que não íamos adaptar a organização que temos à realidade", acrescentou.
Hoje, o mercado português é o quarto mais importante para o grupo, o que "muda a dinâmica, os 'input' e onde está concentrado o maior parque de máquinas".
África e América Latina foram os mercados que em 2013 tiveram um crescimento mais acelerado, de 38% e 36% respetivamente.
Em 2013, a África deu o maior contributo para o volume de negócio da Mota-Engil, representando mais de 1.000 milhões de euros, o que significa 44% de um total de 2.314 milhões de euros.
"África há de ser o principal mercado [da Mota-Engil] durante muito tempo", acrescentou.
Angola continua a ser o principal mercado de operação em África, representando cerca de 50% do volume de negócios naquele país.
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