Covid-19: Polo Arqueológico de Viseu com sala de visitas virtuais

| País
Porto Canal com Lusa

Viseu, 17 abr 2020 (Lusa) -- O Polo Arqueológico de Viseu inaugura no sábado a sua sala de visitas virtuais, com tecnologia digital 360 graus, assinalando assim o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.

O vereador da Cultura e Património, Jorge Sobrado, explicou à agência Lusa que esta era uma ideia que já existia, mas cuja concretização "foi acelerada em consequência da crise da pandemia do novo coronavírus".

"A digitalização do espólio da reserva arqueológica e da coleção José Coelho estava já fixado no plano de atividades, mas tornou-se prioridade neste contexto de encerramento dos museus", sublinhou.

No endereço www.poloarqueviseu.pt/360 serão proporcionadas três experiências digitais imersivas: visitas à exposição arqueológica permanente "José Coelho, uma paixão pelo passado" e à Casa do Miradouro (edifício do século XVI que acolhe a sede deste serviço) e respetivos jardins, e um roteiro de arqueologia pela cidade associado à vida e obra do investigador José Coelho.

O Polo Arqueológico de Viseu comemora no sábado o seu primeiro aniversário.

Segundo Jorge Sobrado, o projeto virtual deste polo terá desenvolvimentos ao longo do próximo ano e meio, com um conjunto de outras visitas 360 graus e de recursos digitais, numa plataforma de dados abertos.

Este projeto segue a filosofia e a tecnologia que já foram aplicadas no polo virtual do Museu de História da Cidade, lançado em 2019 (em www.mhcviseu.pt).

"É um dos raros casos em Portugal de um museu de história local integralmente digital e com mais e melhores recursos de apoio à visita do que numa experiência presencial", realçou o vereador.

O projeto associa tecnologia 360 graus com realidade aumentada, num roteiro criado em diversos pontos da cidade de Viseu.

No sábado, o município publicará, também em formato digital, o segundo livro da coleção Viseu Património, da investigadora viseense Ana Pipa.

O livro, que tem por base as provas do seu doutoramento, alude aos protagonistas da historiografia de Viseu entre os séculos XVII e XX.

Maximiano de Aragão, José de Almeida e Silva, Francisco de Almeida Moreira, Amorim Girão, José Coelho, Lucena e Vale e Celso Tavares da Silva são algumas das personalidades tratadas.

Na opinião de Jorge Sobrado, o "contexto inesperado", com o "encerramento abrupto das casas de cultura, museus, bibliotecas e arquivos" devido à covid-19, "confere especial valor e sabor ao ato desta publicação".

A publicação será, "para já, eletrónica e, brevemente, em papel", acrescentou.

No sábado, será também publicado nas redes sociais do município um depoimento de vídeo da arqueóloga Catarina Tente, coordenadora do programa Viseu Património, com curiosidades da Cava de Viriato, monumento nacional que é considerado um mistério da arqueologia portuguesa.

"Este conjunto de iniciativas são um sinal de que, em tempo de pandemia e de crise, não abrimos mão do património, da sua investigação, divulgação e usufruto. Os edifícios dos museus podem estar encerrados, mas as suas missões e atividades estão abertas e ao serviço da comunidade", frisou Jorge Sobrado.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.

AMF // SSS

Lusa/fim

+ notícias: País

Prazo para candidaturas de educadores e professores estendido até quinta-feira

O Ministério da Educação decidiu estender até quinta-feira o prazo para a submissão de candidaturas aos concursos para colocação de educadores de infância e professores dos ensinos básico e secundário das escolas públicas.

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.