Covid-19: Bombeiros do distrito de Coimbra estimam perda de receitas até 70%

Covid-19: Bombeiros do distrito de Coimbra estimam perda de receitas até 70%
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Porto Canal com Lusa

As 21 corporações de bombeiros voluntários do distrito de Coimbra estimam uma quebra de receitas até 70%, devido à redução de serviços de transporte de doentes por causa da pandemia da covid-19, disse fonte do setor.

"Teremos uma quebra de receita superior a 60%, entre os 60% e os 70%. Antes [da pandemia de covid-19], fazíamos transportes [de utentes] para consultas, fisioterapia, análises e, agora, pura e simplesmente, isso está tudo parado", disse à agência Lusa Fernando Carvalho, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra.

Fernando Carvalho declarou que se mantém o transporte para tratamentos urgentes, como os oncológicos e hemodiálise, mas a falta de receita "é transversal" a todas as corporações de voluntários do distrito de Coimbra, dependendo o valor absoluto da dimensão dos respetivos corpos de bombeiros.

Em Serpins, concelho da Lousã, associação à qual preside, Fernando Carvalho estimou que a quebra de receitas ronde os 60%. Já na Figueira da Foz, os bombeiros voluntários apontam uma quebra de receita "da ordem dos 70%", disse à Lusa Lídio Lopes, presidente da associação humanitária local (AHBVFF).

"Face à ausência de consultas externas e tratamentos não urgentes, são menos 10 mil euros mensais", precisou o dirigente.

Lídio Lopes corroborou que se mantêm os transportes de doentes "para tratamentos que não podem esperar" e afirmou que a AHBVFF espera das autoridades "indicações para a retoma" daqueles serviços, tendo, nesta fase, adiado alguns investimentos "que estavam pensados e planeados, mas que não são urgentes".

Fernando Carvalho frisou, por outro lado, que os próximos meses "serão determinantes" para avaliar as necessidades de apoio financeiro aos bombeiros voluntários por parte do Estado, já que a quebra de receitas em março e abril "vai-se refletir em maio e junho", em cima do início do dispositivo de combate a incêndios florestais.

O presidente da federação de bombeiros de Coimbra lembrou ainda que ao longo de 2019 aquela entidade conseguiu fazer "uma recuperação significativa em recebimentos" de faturas em atraso que as corporações possuíam, por exemplo, com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

"Havia corpos de bombeiros que tinham com os hospitais universitários 20 meses de faturas em atraso. No final de 2019, chegámos a praticamente três meses de atraso e quero deixar aqui um elogio ao CHUC por este trabalho conjunto", observou.

"Se o pagamento desses três meses de atraso não se mantiver, facilmente haverá corporações que vão entrar em situação de rotura financeira. E se não houver apoios, essa crise vai acentuar-se em maio e junho, vamos precisar de algum apoio para ultrapassar essas dificuldades", reafirmou Fernando Carvalho.

Questionado sobre os montantes de apoio necessários, o dirigente federativo remeteu essa avaliação "para um período mais próximo da normalidade" do país, atualmente em estado de emergência devido ao novo coronavírus.

Por outro lado, Fernando Carvalho notou que os bombeiros têm vindo a reclamar ao Governo e Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil o pagamento de algumas despesas ainda por liquidar "inerentes aos incêndios rurais", nomeadamente relativas a combustíveis e reparação de viaturas.

"Ainda haverá por pagar despesas de 2019, pode não ser muito relevante, mas há", sustentou.

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