Europeias: PPM defende mutualização da dívida e fundo de resgate para famílias

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 27 mar (Lusa) - O cabeça de lista do PPM às eleições europeias, Nuno Correia da Silva, defendeu hoje a "mutualização da dívida", e propôs uma "pensão social europeia" e um "fundo de resgate para as famílias sobre-endividadas".

Nuno Correia da Silva disse que "a grande virtude" do manifesto dos 70 é demonstrar que o problema da dívida não está a ser resolvido e recusou a saída do euro, pelas consequências que teria nas taxas de juro da maioria dos empréstimos contraídos pelas famílias portuguesas.

"Temos que mostrar na Europa que o problema de um é de todos. A mutualização significa que há uma responsabilidade partilhada que permite aliviar os juros e há várias formas de o conseguir", afirmou, durante a apresentação da candidatura do PPM ao Parlamento Europeu, num hotel de Lisboa.

"A mutualização significa o aval de todos, mas não a desresponsabilização de quem a tem", sublinhou Nuno Correia da Silva, um republicano que concorre pelo partido monárquico, depois de ter liderado a Juventude Centrista e ter militado na Nova Democracia, o partido criado por Manuel Monteiro após sair do CDS-PP.

Questionado sobre o manifesto dos 70 pela reestruturação da dívida, Nuno Correia da Silva respondeu que não se pode "continuar a fingir"e que "a grande virtude desse manifesto" é mostrar que Portugal não consegue pagar a dívida.

"Um país que não consegue pagar juros da dívida, não está a resolver, está a acrescentar dívida à dívida", argumentou.

O PPM avança para as eleições de 25 de maio com a proposta de uma "pensão social europeia", destinada a quem "por razões de idade ou por qualquer eventualidade, se viu privado da capacidade de trabalho".

Essa pensão seria financiada "por impostos indiretos, tributação a incidir sobre o consumo, que permitirá aos Estados aliviar a tributação sobre o trabalho", afirmou o candidato monárquico.

Para Nuno Correia da Silva, "a incidência do consumo oferece maior equidade porque tem por base todos os produtos, independentemente da sua origem, enquanto o atual modelo, ao incidir sobre os rendimentos do trabalho, prejudica os produtos nacionais, retirando-lhes competitividade em favor de produtos importados, sobretudo quando provêm de mercados onde o preço baixo é alcançado com o sacrifício de direitos humanos".

A candidatura do PPM ao Parlamento Europeu propõe também a criação de "um fundo de resgate das famílias sobre-endividadas", exigindo "a mesma resposta" que foi "dada pela Europa à crise bancária".

"A banca foi salva pelo esforço e sacrifício das pessoas, é tempo de salvar as pessoas e as famílias da especulação usurária", afirmou Nuno Correia da Silva.

O cabeça de lista defende a necessidade de uma "Europa justa e solidária", contra a "redução de salários", argumentando que "quem derrotou o comunismo foi a justiça, foi o justo salário, a justa redistribuição do trabalho".

ACL // SMA

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