Produtores de cinema saúdam abertura de concursos, mas lamentam perda do complementar

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 26 mar (Lusa) - A Associação de Produtores de Cinema e Audiovisual (APCA) saudou hoje o anúncio da abertura de concursos do apoio ao cinema e audiovisual, com um aumento do montante a investir que permitirá que se "atinja um patamar europeu".

A presidente do Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA), Filomena Serras Pereira, e o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, anunciaram hoje que o calendário de concursos de apoio, com um total de 14,9 milhões de euros, abre na quinta-feira.

No final da conferência de imprensa, em Lisboa, a presidente da APCA, Pandora da Cunha Telles, saudou a abertura de concursos para 2014, cujo calendário deveria ter sido publicado no final do ano passado.

"Finalmente estamos a atingir um patamar europeu que não existia no apoio ao cinema e ao audiovisual, mas lamentamos a decisão de não abrir o apoio complementar. Significa que são menos duas longas-metragens a ser produzidas em Portugal", disse.

Pandora da Cunha Telles esclareceu que a decisão de não abrir este programa específico - que em anos anteriores tinha 1,2 milhões de euros - foi tomada pela tutela sem consultar os agentes do setor.

"Na reunião da SECA [Secção Especializada de Cinema e Audiovisual do Conselho Nacional de Cultura], nós votámos os júris para este programa. A decisão foi tomada depois", afirmou.

Em relação ao restante calendário de programas, Pandora da Cunha Telles elogiou os novos concursos de escrita e desenvolvimento e finalização de projetos (longas e curtas de animação, longas de ficção e documentários). "É extremamente importante para os produtores de cinema, preserva-os do risco", afirmou.

Aos jornalistas, Filomena Serras Pereira justificou a não abertura do programa complementar com o facto de existirem ainda "muitos projetos por acabar": "Dezoito projetos e nove coproduções no âmbito das longas-metragens. Dado o montante de compromissos anteriores achou-se por bem este ano não abrir [o complementar]".

Dos 14,951 milhões de euros disponíveis, 2,944 milhões de euros serão afetados ao audiovisual e multimédia e 10,280 milhões de euros serão gastos no apoio à produção de cinema.

Os restantes 1,727 milhões de euros serão repartidos por programas de apoio à formação de públicos nas escolas, programas de apoio à promoção internacional do cinema português, realização de festivais e coproduções com o Brasil.

Jorge Barreto Xavier afirmou que aqueles 14,951 milhões de euros representam "um aumento de financiamento de quase 50 por cento em relação a concursos anteriores" (que totalizavam 10,1 milhões de euros).

Em concursos anteriores, no entanto, não existia o programa específico para audiovisual e multimédia e este ano não há apoio complementar. Ou seja, o apoio ao cinema, sua exibição e distribuição aumenta de 10,1 milhões de euros para 10,3 milhões de euros.

O secretário de Estado da Cultura sublinhou ainda que "os encargos assumidos em 2013 estão integralmente cobertos", com a ajuda da cobrança de uma nova taxa aos operadores de televisão por subscrição.

Com as verbas anunciadas, Filomena Serras Pereira manifestou-se otimista em relação ao número de contratos a assinar entre o ICA e os produtores, tendo em conta o decréscimo nos últimos anos.

"No ano passado, assinámos 36 contratos e este ano já assinámos 62. Estamos a recuperar o atraso", enumerou.

SS // MAG

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