Póvoa de Lanhoso, 26 mar (Lusa) - A Freguesia de Garfe, em Póvoa de Lanhoso, vai novamente a votos a 25 de maio, depois da renúncia ao mandato de todos os elementos da lista vencedora (PSD) nas últimas autárquicas, foi hoje publicado em Diário da República.

O cabeça-de-lista do PSD, José Castro, que foi presidente da Junta no último mandato, disse à Lusa que "foi impossível" constituir a Junta de Freguesia, face à "intransigência" das duas outras listas que conseguiram mandatos.

Nas autárquicas de 29 de setembro de 2013, o PSD ganhou a Assembleia de Freguesia de Garfe, com 340 votos e quatro mandatos.

Em segundo lugar ficou o PS, com 331 votos e também quatro mandatos.

Uma lista independente, liderada por Maria do Céu Santos, que no último mandato foi secretária da Junta eleita pelo PSD, conquistou um mandato.

José Castro disse que, como o PSD ganhou as eleições, queria ter dois membros no executivo da Junta.

"Apresentei uma série de propostas mas todas acabaram chumbadas", referiu.

O líder concelhio do PS, Frederico Castro, acusou José Castro de querer ter maioria absoluta na Junta sem ter ganhado as eleições com maioria absoluta.

"O PS e a lista independente defendem uma Junta tripartida, com um membro de cada uma das forças que conseguiram mandatos", referiu.

O braço-de-ferro terminou na renúncia em bloco dos membros da lista vencedora.

"Por esse facto, ficou esgotada a possibilidade de substituição do presidente da Junta de Freguesia", refere um despacho do secretário de Estado da Administração Local, hoje publicado em Diário da República.

As eleições intercalares para a Assembleia de Freguesia de Garfe foram marcadas para o mesmo dia em que terão lugar as eleições europeias.

O secretário de Estado da Administração Local, António leitão Amaro, marcou também para o dia 25 de maio eleições intercalares nas assembleias de freguesia de Arrifana (Santa Maria da Feira), Torre Dona Chama (Mirandela) e Monte e Queimada (Fafe).

De acordo com Leitão Amaro, "fazer coincidir" as eleições intercalares com as europeias "resulta em ganhos objetivos, quer ao nível do combate à abstenção, quer ao nível de poupanças financeiras".

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