Exames: Provas estão a realizar-se apesar de grande adesão à greve - Diretores

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 17 jun (Lusa) -- O vice-presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAE), Filinto Lima, disse hoje que a maioria dos exames de Português está a ser realizada, apesar da elevada adesão à greve dos professores.

Em declarações à agência Lusa, cerca das 10:30, Filinto Lima adiantou que há escolas com mais de 90% dos professores em greve.

"A maioria dos alunos está a fazer exames apesar da elevada adesão à greve por parte dos professores. Parece um contrassenso, mas a verdade é que são precisos poucos professores para vigiar as salas. Os poucos que não fizeram greve conseguem cobrir as salas de aulas em termos de vigilância", disse.

Filinto Lima adiantou, por exemplo, que numa escola de Chaves, os alunos estão todos a fazer exame, apesar de terem aderido à greve mais de 50% dos docentes.

"Numa escola de Gaia, em 201 professores convocados, 170 estão em greve, mas as quatro salas estão a ser vigiadas porque são necessários apenas oito professores", disse.

O vice-presidente da ANDAE adiantou à Lusa que, até ao momento, não tem informação da existência de alguma escola em que não tenham sido efetuados exames nenhuns.

"Não tenho conhecimento de escolas em que não foram feitos exames. Em Felgueiras, em 20 salas, sete estão abertas, ou seja, há alunos que foram enviados para casa, mas não tenho informação de haja alguma escola em que não tenha sido efetuado um único exame", contou.

Filinto Lima remeteu para mais tarde a divulgação de outros dados, apesar de não estar previsto pela ANDAE a divulgação de números absolutos sobre a greve e a realização de exames.

A época oficial de exames de Ensino Secundário começa hoje com o grande exame de Português, para o qual estão inscritos 74.407 alunos, realizando-se também provas de Latim (108 inscritos) e de Português Língua Não Materna (para imigrantes), com 136 alunos.

Os professores, que começaram por fazer uma greve ao serviço de avaliações, decidiram agendar uma paralisação geral para hoje para contestar o regime de requalificação profissional e a mobilidade geográfica proposta pelo Governo, bem como o aumento do horário de trabalho de 35 para 40 horas semanais.

Face à ausência de acordo entre Governo e sindicatos, um colégio arbitral decidiu pela não realização de serviços mínimos.

O Ministério da Educação ainda recorreu da decisão, mas não obteve resposta em tempo útil.

A greve aos exames sucede-se a uma manifestação, realizada sábado em Lisboa, na qual participaram, segundo os sindicatos, 50 mil professores de todo o país.

DD (AH) // PMC

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