Covid-19: Primeiro-ministro apela ao não açambarcamento em Cabo Verde

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Porto Canal com Lusa

Praia, 18 mar 2020 (Lusa) - O primeiro-ministro cabo-verdiano afirmou hoje que o país "dispõe de 'stock' de segurança" de alimentos e que continuará a ser abastecido apesar da proibição de entrada devido à pandemia de Covid-19, apelando ao não açambarcamento de produtos.

"O país dispõe de 'stock' de segurança de produtos alimentares e continuará a ser abastecido através do comércio internacional", começou por explicar Ulisses Correia e Silva, que presidiu hoje, na cidade da Praia, à reunião do Conselho Nacional de Proteção Civil, acionado devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

"As medidas de interdição e proibição adotadas no domínio dos transportes não atingem o abastecimento ao país em mercadorias e produtos", afirmou o primeiro-ministro, admitindo por outro lado que "medidas excecionais de preços máximos", para produtos de primeira necessidade e de "margens limites para outros produtos essenciais poderão ser introduzidas durante o período em que vigora o estado de contingência".

Cabo Verde proíbe a partir de quinta-feira, e pelo menos até 09 de abril, as ligações aéreas oriundas de 26 países, incluindo Portugal e Brasil, devido à pandemia de Covid-19, segundo resolução do Conselho de Ministros publicada na terça-feira em Boletim Oficial.

Com esta decisão, no âmbito da declaração de estado de contingência anunciada na terça-feira pelo Governo e que envolve ainda a proibição de atracagem em território nacional de navios de cruzeiro ou veleiros, na prática, o país fecha-se ao exterior.

"Os barcos comerciais e de pesca operam normalmente. Não podem é embarcar e nem desembarcar passageiros", explicou Ulisses Correia e Silva.

O governante foi mais longe, apelando na mesma mensagem: "Que se evitem corridas aos supermercados e às lojas para a constituição de 'stocks' de produtos para além daquilo que é necessário para o consumo normal".

Recordou que o "açambarcamento é uma infração contra a economia", que pode ser condenada com pena de prisão de seis meses a três anos".

"O Governo apela assim aos comerciantes e às empresas que se abstenham de usar essa prática lesiva, que beneficia quem o pratica e prejudica a maioria da população através do aumento dos preços dos produtos", afirmou, garantindo que serão reforçadas as operações de fiscalização no arquipélago.

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

 

PVJ // VM

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