Covid-19: Rio defende que AR podia ter ido mais longe e só debater e votar medidas contra vírus

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 13 mar 2020 (Lusa) - O presidente do PSD defendeu hoje que o parlamento podia ter ido "mais além" e apenas fazer o debate e votação de matérias relacionadas com o novo coronavírus para "dar o exemplo" aos portugueses.

No final de uma reunião com a Associação Nacional de Freguesias, na sede nacional do PSD, Rui Rio foi questionado se concordava com a decisão da conferência de líderes de manter o funcionamento do parlamento apenas "com alguns ajustamentos", reduzindo os plenários (em vez de três serão dois na próxima semana) e fazendo as comissões em salas menores.

Na resposta, o presidente e líder parlamentar do PSD começou por enunciar o seu princípio no combate a esta pandemia: "Na dúvida, ia sempre mais além do que pode parecer necessário".

"Em minha opinião, mas sou um de 230 deputados, teria ido mais além, isso é que é coincidente com o que defendo", disse.

Para Rui Rio, na quarta-feira apenas seria necessário fazer "um pequeníssimo debate" que permita alterar a lei para a compra de material fundamental sem ser necessário visto do Tribunal de Contas.

"Tenho a certeza de que toda a gente está de certeza de acordo, o debate é mínimo, a votação tem de ser feita. Tirando essa votação e esse pequeno debate, se dependesse de mim, teria ido mais além. Eu, não só como presidente do PSD, mas como deputado, quero ter o comportamento que os portugueses também devem ter, que é evitar o contacto", afirmou.

Questionado se o "ir mais além" significaria encerrar o parlamento ou apenas funcionar a Comissão Permanente do parlamento, Rio voltou a enunciar o princípio.

"O que possa eliminar, devo eliminar. Relativamente ao parlamento, sei que não se pode eliminar tudo, porque é no quadro do combate ao vírus que é preciso fazer uma reunião e uma votação, a partir daí estava disponível para abdicar, só ficar o estritamente necessário", afirmou.

Questionado se estaria disponível para abdicar do potestativo (direito de fixar a ordem do dia) do PSD na quarta-feira, sobre cuidados paliativos, respondeu: "Obviamente".

"O plenário precisa de reunir ou não, precisa, já agora também o que era suposto debater? É-me indiferente", afirmou.

Com o cancelamento da reunião plenária de quinta-feira, as eleições para escolher o novo líder parlamentar do PSD passam para quinta-feira.

SMA // JPS

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