Venezuela atribui suspensão de emissão de novos vistos a represália dos EUA
Porto Canal / Agências
Caracas, 25 mar (Lusa) - O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela considerou hoje uma "represália" a decisão dos Estados Unidos suspenderem a emissão de vistos aos venezuelanos que pretendam viajar, pela primeira vez, para território norte-americano.
"De certeza que é uma represália. Li por aí que lhes tiraram funcionários, talvez seja verdade", disse Diosdado Cabello.
Numa conferência de imprensa em Caracas aquele responsável disse que o Governo venezuelano está disponível para apoiar as necessidades norte-americanas.
"Se precisam de trazer funcionários para a Venezuela, para que se encarreguem dos vistos, com muito gosto nós iremos colaborar, para que os venezuelanos que viajam para os Estados Unidos não tenham problemas", disse.
A embaixada dos Estados Unidos em Caracas anunciou segunda-feira que vai suspender a emissão de vistos a venezuelanos que pretendam viajar pela primeira vez para território norte-americano.
Num comunicado, a embaixada explica não ter os funcionários suficientes devido à expulsão de trabalhadores consulares norte-americanos do território venezuelano e de atrasos na emissão de vistos para novos funcionários.
A 17 de fevereiro último o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou três funcionários da embaixada dos EUA em Caracas de conspirarem para encetar um golpe de Estado.
"Que vão conspirar para Washington, que deixem quieta a Venezuela", disse.
Em novembro de 2013, Nicolás Maduro expulsou outros três funcionários norte-americanos sob a acusação de estarem aliados à oposição em alegados planos para criar instabilidade no país, acusações que foram negadas por Washington.
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