Covid-19: Berlim promete créditos "sem limites" para empresas

| Economia
Porto Canal com Lusa

Redação, 13 mar 2020 (Lusa) -- Os grandes prémios de Fórmula 1 do Bahrain e do Vietname, previstos para 22 de março e 05 de abril, respetivamente, foram adiados, sem nova data marcada, devido à pandemia do novo coronavírus Covid-19.

Um cenário que deixa em suspenso as quatro primeiras corridas do Mundial de Fórmula 1, depois de já ter sido cancelado o Grande Premio da Austrália, cujos treinos teriam início hoje e a corrida seria no domingo.

"Depois da confirmação de que um membro da equipa McLaren Racing Team deu positivo a Covid-19 e a decisão de a equipa se retirar do GP da Austrália, a FIA e a Fórmula 1 convocaram uma reunião com os restantes nove diretores de equipa na quinta-feira à noite. Estas discussões terminaram com uma opinião maioritária das equipas de que a corrida não deveria se realizar. A FIA e a Fórmula 1, com o total apoio da Australian Grand Prix Corporation, tomaram a decisão de cancelar toda a atividade de F1 para o GP da Austrália", comunicou na quinta-feira a Federação Internacional do Automóvel (FIA).

A quarta prova suspensa é o Grande Prémio da China, que estava agendado para 19 de abril.

"A Fórmula 1 e a FIA continuam a trabalhar, em estreita colaboração com os promotores no Bahrain e no Vietname, com as autoridades locais no seguimento da situação, para estudar a viabilidade de outras datas para cada um dos grandes prémios, se a situação melhorar", referem os dois organismos, em relação às segunda e terceira provas do Mundial.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

RPM (AGYR) // VR

Lusa/Fim

Berlim, 13 mar 2020 (Lusa) - O Governo alemão prometeu hoje um programa de créditos "sem limites" para empresas para evitar problemas de liquidez no tecido empresarial devido aos efeitos associados à pandemia do novo coronavírus.

O ministro das Finanças, Olaf Scholz, assegurou numa conferência de imprensa que a solidez orçamental deixou de ser a prioridade em detrimento da luta contra a extensão do Covid-19 e que o Governo alemão vai pôr em andamento uma "rede de segurança" de "muitos milhares de milhões" para ajudar as empresas a conservar o emprego.

Scholz argumentou que o facto de ter mantido a estabilidade orçamental nos últimos anos lhe permite agora, em tempo de crise, "fazer o necessário" e tirar a "bazuca" financeira.

A "mensagem essencial" do dia de hoje para afiançar a "confiança" entre as empresas e a população é que "não há limite superior para os créditos" que o banco público KfW pode conceder através da banca comercial.

"Vamos pôr desde o princípio todas as armas na mesa", afirmou o ministro das Finanças quando apresentava o plano de choque contra as consequências económicas do Covid-19 em conjunto com o ministro da Economia, Peter Altmaier.

O Governo alemão, indicou Scholz, também vai ajudar a nível orçamental as empresas, permitindo adiar pagamentos antecipados e reduzindo impostos com o objetivo de que nenhuma empresa viável entre em falência.

Além destas medidas para assegurar a liquidez, o Governo alemão e o Bundestag (câmara baixa) já aprovaram um sistema para facilitar o Kurzarbeit, a redução da jornada temporal e com garantia de emprego.

"O Governo alemão está decidido a fazer tudo o que é possível para superar esta crise" e pronto para disponibilizar "todas" as suas "possibilidades económicas".

Altmaier indicou que o Governo dará a garantia necessária para que o KfW possa cumprir com o anunciado, e isso mediante uma ampliação das garantias que estabelece o Orçamento federal, até ultrapassar meio bilião de euros.

Entre as medidas anunciadas está também a ampliação dos programas existentes para ajudar a liquidez das empresas e com o objetivo de "mobilizar" empréstimos à banca privada.

MC // MSF

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