Covid-19: Feira do Livro de Madrid adiada para outubro
Porto Canal com Lusa
Madrid, 12 mar 2020 (Lusa) -- A Feira do Livro de Madrid, prevista realizar-se entre os dias 29 de maio e 14 de junho, foi adiada para outubro, como forma de "prevenir e conter" a epidemia Covid-19, informou hoje a organização do evento.
A nova data para a realização do evento literário foi fixada no período de 2 a 18 de outubro.
O diretor da Feira do Livro de Madrid, Manuel Gil, reconheceu, em declarações à EFE, que tomar esta decisão foi doloroso mas necessário, por uma questão de responsabilidade e prudência.
"Visitam-nos milhões de pessoas em cada edição da feira, temos grandes aglomerações e, por responsabilidade, era necessário tomar a decisão", assinalou.
Manuel Gil indicou que, por esse motivo, a organização colocou-se perante o "pior dos cenários", relativamente à duração das medidas de contenção do vírus, e decidiu adiá-la até outubro.
No entanto, indicou que se trata de um adiamento e que se manterão as mesmas atividades previstas inicialmente.
Esta decisão foi tomada numa reunião urgente composta por editores, distribuidores e livreiros que estudaram "várias datas possíveis" para decidir finalmente que se realizaria em outubro, "atendendo à responsabilidade e prudência que um evento com a envergadura da Feira do Livro exige, tanto para expositores como para visitantes".
Quanto à Feira do Livro de Lisboa, que este ano cumpre a 90.ª edição, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros anunciou que iria decorrer entre os dias 28 de maio e 14 de junho, no Parque Eduardo VII, e mantém as datas no seu 'site'.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
Espanha é o terceiro país da Europa com mais casos de infeção, contabilizando pelo menos 2.140 infetados e um total de 47 mortes confirmadas.
AL // MAG
Lusa/Fim