Construtora Mota-Engil ganha obras de 500 milhões de euros em África
Porto Canal / Agências
Lisboa, 17 jun (Lusa) -- A Mota-Engil anunciou no domingo ter ganho a adjudicação de obras em vários países africanos, no valor de 500 milhões de euros, projetos que incluem a entrada da empresa nos novos mercados da Zâmbia e Gana.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Mota-Engil informou sobre a adjudicação de três contratos para a reabilitação de três secções da "Great East Road" na Zâmbia, com o valor total de 118,6 milhões de euros.
De acordo com a construtora, as obras na Zâmbia estão enquadradas no programa de apoio europeu ao desenvolvimento do país do centro africano, que faz fronteira com outras três nações onde o grupo já opera: Angola, Malawi e Moçambique.
"A Zâmbia é um dos países que tem vindo a ser estudado pelo grupo, com vista a concretizar a sua visão de empresa pan-africana, contribuindo para o desenvolvimento de toda a região subsariana", refere a Mota-Engil em comunicado.
No Gana, a construtora ganhou a adjudicação da obra de proteção costeira em Accra, no valor de 70 milhões de euros.
Para a Mota-Engil, esta obra "demonstra a capacidade da empresa nas diversas vertentes das infraestruturas de desenvolvimento da região, acrescendo às recentes adjudicações de estradas, barragens (...) uma obra marítima".
A empresa informou também que recentemente obteve a adjudicação da obra de reabilitação e adaptação da linha do Sena, em Moçambique, para o aumento de capacidade da linha férrea Beira-Moatize. Estes trabalhos, a realizar em parceira com Edivisa, ascendem a 162,7 milhões de euros.
No Malawi, a construtora ganhou o projeto de reabilitação de 100 quilómetros de linha férrea do Corredor de Nacala, entre Nkaya e Entrelagos, com a duração prevista de 78 milhões de euros.
Já em Angola, diversos projetos não especificados totalizam cerca de 50 milhões de euros.
No comunicado, a Mota-Engil destacou ainda "a recente adjudicação do primeiro contrato para a recolha de resíduos, durante cinco anos, na cidade de Maputo, alargando para Moçambique a atividade deste segmento de diversificação dos negócios do grupo em África, que até agora só se havia expandido para Angola".
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