Universários anunciam protestos contra Governo "insensível às dificuldades"

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Porto Canal / Agências

Vila Real, 16 jun (Lusa) -- Os estudantes universitários anunciaram hoje, em Vila Real, que vão entrar em "contestação e protesto" contra o Governo e um secretário de Estado "desligado da realidade" do ensino superior e "insensível às dificuldades" do setor.

Reunidos no Encontro Nacional de Direções Associativas (ENDA), os dirigentes associativos analisaram os dois anos de Governo de Pedro Passos Coelho e decidiram partir para "um calendário de contestação e protesto".

"Estamos assim em protesto, porque estamos fartos de bater a uma porta que está sempre fechada, de um secretário de Estado [do Ensino Superior] acantonado no seu gabinete, desligado da realidade do ensino superior e insensível às dificuldades sentidas por estudantes, profissionais e instituições", afirmaram os universitários.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o movimento estudantil explicou que o calendário de contestação pressupõe "uma intensidade gradualmente crescente que culminará, se nada for mudar entretanto, numa manifestação nacional, a decorrer no início do ano letivo".

Para a operacionalização e coordenação das atividades a realizar, foi criada uma comissão que junta membros de 13 instituições de ensino superior. Esta comissão deverá também redigir um caderno reivindicativo e fazer a planificação da manifestação nacional.

Dois anos depois das eleições legislativas, os dirigentes associativos dizem que estão fartos de esperar pela abertura do Governo ao diálogo.

"Incessantemente envidámos esforços para dialogar, debater e concertar posições, esforços que, porém, salvo raríssimas e incipientes exceções, não tiveram eco num secretário de Estado mudo, cego e insensível para com o movimento associativo", refere ainda o comunicado.

Segundo os estudantes, mesmo o primeiro-ministro "ignorou durante dois anos o movimento associativo juvenil, faltando à palavra dada".

Isto porque, de acordo com os universitários, enquanto candidato, Pedro Passos Coelho "prometeu" às federações e associações académicas e de estudantes uma reunião, que deveria ter decorrido depois de empossado, para discutir o programa para o ensino superior.

"Promessa que hoje continua gravemente por cumprir, juntando o silêncio político à quietude governativa da Secretaria de Estado", acrescentaram.

Os dirigentes académicos marcam o segundo aniversário da tomada de posse do Governo de coligação PSD/CDS-PP como o "momento do fim da razoabilidade do benefício da dúvida dado" e "o momento em que já não se espera que governe o setor do ensino superior com base no diálogo e consenso, que retoricamente pede, afirma e a que convida, mas que na prática não quer, impede e rejeita".

Os estudantes anunciaram que cessam assim a postura de "esperar pela concretização de um sistema regular e concertado de participação e debate com a tutela".

Organizado pela Associação Académica da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), o ENDA juntou, durante três dias, cerca de 150 dirigentes associativos, que representam 50 associações académicas, associações de estudantes e federações académicas de todo o país.

O ENDA decorreu também no âmbito das comemorações dos 25 anos da AAUTAD, que se assinalam este ano.

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