Fundação Bial aproximou neurociência e parapsicologia em 20 anos de existência

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Porto Canal / Agências

Porto, 24 mar (Lusa) -- A Fundação Bial, a comemorar 20 anos de existência, contribuiu para o desenvolvimento e aproximação da neurociência à parapsicologia, que estavam "bastante" de costas voltadas, afirmou hoje à Lusa o presidente da instituição.

"Durante o século XX, ou grande parte dele, houve pouca investigação científica na área da parapsicologia e, em paralelo, houve algum misticismo e negócio em torno da ignorância das pessoas, o que descredibilizou um pouco a área", afirmou Luís Portela.

Na sua opinião, a parapsicologia vem "paulatinamente" a progredir e conquistar terreno na área da ciência, sendo já acolhida como uma disciplina científica.

"Mais cedo ou mais tarde, vai ser aceite como um ramo da ciência como outro qualquer", frisou.

A Fundação foi constituída em 1994 pelos Laboratórios Bial, em conjunto com o Conselho de Reitores das Universidade Portuguesas, com a missão de incentivar o estudo científico do ser humano do ponto de vista físico e espiritual.

Luís Portela explicou que, ao longo destes anos, a fundação tem procurado apoiar, com algum significado, a investigação científica, quer em Portugal quer no mundo, através da atribuição do prémio Bial e de bolsas de investigação.

O prémio, que este ano assinala 30 anos desde a sua primeira edição, contempla a investigação básica e a pesquisa clínica através de duas modalidades: o 'Grande Prémio BIAL de Medicina' e o 'Prémio BIAL de Medicina Clínica'.

Atribuído de dois em dois anos, o prémio já mobilizou 1.315 investigadores, médicos e cientistas, autores de 580 obras candidatas. Nas 15 edições realizadas, distinguiu 231 autores (91 obras premiadas).

"O prémio Bial recompensa investigadores portugueses, mas também dos mais diversos países, tendo hoje uma boa reputação", disse Luís Portela.

Por seu lado, o Sistema de Bolsas de Investigação Científica tem por objetivo incentivar a investigação centrada no ser humano, nomeadamente, em áreas ainda pouco exploradas, como a psicofisiologia e a parapsicologia.

As bolsas, num valor compreendido entre cinco a 50 mil euros, já beneficiaram 461 projetos de mais de 1.000 investigadores, provenientes de 27 países.

"Devo dizer que à partida não imaginava que, em 20 anos, as coisas pudessem assumir esta dimensão", sublinhou o presidente da Fundação Bial.

Para a investigação e desenvolvimento, Luís Portela revelou que os Laboratórios Bial canalizam, anualmente, 21 a 22% dos lucros.

O responsável indicou que a verba direcionada para a Fundação Bial varia entre os 0,2 e 0,4%, verba que assume ser pequena mas que tem dado frutos.

Na atual conjuntura económica, Luís Portela avançou que a preocupação da Fundação Bial, na questão do investimento na investigação, é manter a dinâmica dos últimos 20 anos.

"Nunca tivemos qualquer apoio do Estado, nem sequer o pretendemos", realçou.

SYF/MSP/AYS // MSP

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