Covid-19: Governo são-tomense quer maior vigilância no aeroporto do Príncipe

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Porto Canal com Lusa

São Tomé, 06 mar 2020 (Lusa) - O ministro da Saúde são-tomense, Edgar Neves, defendeu hoje a necessidade de se "redobrar a vigilância" no aeroporto da Região Autónoma do Príncipe, onde algumas aeronaves aterram com turistas provenientes do estrangeiro.

Edgar Neves foi ouvido hoje pela comissão permanente da Assembleia Nacional (parlamento) sobre as providências que o Governo está tomar para conter uma eventual entrada no país de pessoas afetadas pelo novo coronavírus.

"Nós abordámos essencialmente as medidas que o Governo está a tomar nos pontos de entrada, particularmente nos portos e aeroportos, mas vimos o caso particular do Príncipe", disse Edgar Neves após a audição.

"Há necessidade de redobrar a vigilância na Região Autónoma", sublinhou.

O último Conselho de Ministros, realizado na quarta-feira, aprovou um fundo de emergência de meio milhão de dólares (440 milhões de euros) para financiar um Plano de Contingência Nacional para fazer face a epidemia, onde se destacam várias medidas de vigilância, prevenção, contenção, higienização, envolvendo vários setores nacionais.

Edgar Neves negou que o executivo tenha decidido fechar a fronteira à entrada ou saída de cidadãos, sublinhando que o Governo apenas "desaconselha a entrada e saída quer num sentido quer noutro daqueles países que constam da lista já divulgada" - China, Coreia do Sul, Irão, Itália, Nigéria, Argélia e Senegal.

O governante sublinha que o país não tem capacidade laboratorial interna para diagnosticar casos do Covid-19 e "qualquer caso suspeito" obrigaria a "enviar amostras para laboratórios de referência em África", designadamente no Senegal e na África do Sul.

O Governo são-tomense diz ter agendado "um conjunto de medidas que deverão ser levadas a cabo com maior urgência possível".

As últimas informações sobre o Covid-19 dão conta de registo de casos em alguns países africanos e noutros com os quais o arquipélago tem relações de proximidade e isso está a preocupar seriamente as autoridades sanitárias do país.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo 13 em Portugal.

Das pessoas infetadas, mais de 55 mil recuperaram.

Além de 3.042 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça, Espanha e Reino Unido.

Em África, são nove os países com casos confirmados: África do Sul, Argélia, Camarões, Egito, Marrocos, Nigéria, Senegal, Togo e Tunísia.

MYB // JH

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