Covid-19: Hospital de São João aplica conjunto de medidas para prevenir transmissão

Covid-19: Hospital de São João aplica conjunto de medidas para prevenir transmissão
| Norte
Porto Canal com Lusa

A alteração do horário e das condições de visitas aos doentes internados e a realização de consultas não presenciais são algumas das medidas hoje aprovadas pelo Hospital de São João, no Porto, para prevenir a transmissão do Covid-19.

Segundo informação divulgada hoje pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), o conjunto de medidas, que entra em vigor na sexta-feira, determina que as visitas ocorram entre as 12:00 e as 19:00, não sendo "autorizada a entrada de mais do que uma pessoa em simultâneo e no máximo poderá haver duas visitas por dia a cada doente".

"Excecionalmente", refere o CHUSJ, "será autorizada a entrada de duas pessoas em simultâneo, em situação de pessoas com necessidades especiais".

A unidade hospitalar alerta que "pessoas com sintomas sugestivos de infeção respiratória ou febre não devem fazer visitas", e que quem esteve em contacto com doentes infetados com Covid-19 "não deve visitar os doentes internados".

"Pessoas que tenham estado fora do país em áreas de risco elevado de transmissão (conforme definido pela DGS) nos últimos 14 dias não devem visitar doentes. É desaconselhada a visita por pessoas que tenham tido contacto próximo com indivíduos que tenham estado nessas áreas, nos últimos 14 dias", acrescenta ainda o CHUSJ.

Em relação às consultas, a administração do CHUSJ avisa que a "aglomeração de pessoas em instituições hospitalares pode constituir um risco importante de disseminação da doença, nomeadamente entre utentes com comorbilidades, podendo tal constituir risco agravado do quadro clínico da infeção".

Nesse sentido, o CHUSJ "recomenda que sempre que possível, e não exista prejuízo no processo assistencial, com o acordo do utente e por decisão do médico assistente, deverão ser preferidas a realização das consultas não presenciais, evitando a deslocação ao hospital".

Os coordenadores da consulta externa de cada especialidade devem contactar a direção do centro de ambulatório "para a adequada articulação e operacionalização".

"De sublinhar a importância do processo de desmaterialização da prescrição terapêutica, bem como a sensibilização para a utilização do projeto Farma2Care para o acesso em proximidade de medicação de uso hospitalar nas farmácias comunitárias, evitando assim, em ambos os casos, a necessidade do doente se deslocar ao CHUSJ apenas para ter acesso a uma prescrição ou levantar a medicação", vinca o CHUSJ.

A administração desta unidade hospitalar apela ainda ao "uso racional" de Equipamento de Proteção individual (EPI).

"No momento atual de escassez mundial de Equipamentos de Proteção Individual, importa que o seu uso seja o mais racional possível. Nesse sentido, recomenda-se a limitação de alocação de profissionais em situações que exijam uso de EPI ao estritamente necessário, nomeadamente evitando consumo de EPI com alunos/estagiários que possam ter formação em áreas em que o seu uso seja dispensável. Esta medida excecional será transitória, limitada ao período de contingência, sem prejuízo da formação adequada de alunos e profissionais", frisa o CHUSJ.

O CHUSJ determinou ainda "suspender a autorização de Comissão Gratuita de Serviço (CGS) que envolva deslocação para áreas afetadas" e suspendeu a realização de "estágios profissionais" nessas zonas, de acordo com os dados epidemiológicos divulgados pela Direção-Geral de Saúde (DGS).

"As CGS e os estágios previamente autorizados, para as áreas afetadas, de acordo com os dados epidemiológicos divulgados pela DGS, e que deveriam ocorrer durante os meses de março e abril de 2020, deverão ser adiados, até data a definir posteriormente", salienta o CHUSJ, acrescentando que estas medidas se aplicam "a todos os grupos profissionais".

Portugal registou hoje um nono caso de infeção do novo coronavírus. Estes pacientes estão internados em hospitais do Porto, de Lisboa e de Coimbra.

O novo coronavírus, que surgiu em Wuhan, na China, no final do ano passado, pode causar infeções respiratórias como a pneumonia e já matou cerca de 3.300 pessoas e infetou mais de 95.000 em 79 países.

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