Relatório sobre Balsemão leva ex-diretor do SIED a julgamento por devassa

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 21 mar (Lusa) - O ex-diretor dos Serviços de Informação Estratégicas da Defesa (SIED) Jorge Silva Carvalho vai ser julgado pelo crime de devassa por meio informático, no caso do relatório sobre Pinto Balsemão, disse hoje à Lusa o advogado do arguido.

Miguel Matias precisou que Silva Carvalho foi pronunciado pelo juiz de instrução criminal (JIC) pelo crime de devassa por meio informático no âmbito da acusação pública do Ministério Público e que teve por base um relatório sobre a vida do patrão da Impresa, Pinto Balsemão, que foi encontrado no computador do arguido numa busca realizada pelas autoridades judiciárias.

O advogado recordou que o MP aponta, na acusação, que Silva Carvalho saiu do SIED para ir trabalhar para a Ongoing (empresa presidida por Nuno Vasconcellos) e que tinha no seu computador um relatório sobre a vida de Pinto Balsemão, mas que "não se preocupou em saber quem fez o relatório ou quem foi o mandante ou beneficiário" do mesmo.

Além do mais - alega Miguel Matias - o relatório sobre a vida de Pinto Balsemão é "todo ele constituído por informação recolhida por fontes abertas na internet".

"O meu cliente quer ser julgado o mais rapidamente possível porque está farto, de nos últimos três anos, estar a ser enxolhavado na praça pública", declarou o advogado, observando que Silva Carvalho tem sido utilizado como "bode expiatório" num conflito que o "ultrapassa completamente".

Miguel Matias revelou ainda que, em relação ao crime de difamação agravada imputado por Pinto Balsemão em acusação particular, o juiz decidiu não levar a julgamento Silva Carvalho e outros arguidos (Paulo Félix, João Alfaro e Ricardo Santos Ferreira), pelo que não os pronunciou.

O julgamento de Silva Carvalho por devassa por meio informático decorrerá nos Juízos Criminais de Lisboa.

Entretanto, o ex-diretor do SIED é também arguido no chamado "caso das Secretas", cuja decisão intrutória está marcada para 11 de abril.

O caso Secretas, em que está em causa violação do segredo de Estado, corrupção e abuso de poder, foi originado em suspeitas de acesso ilegal à faturação detalhada do telefone do jornalista Nuno Simas.

FC // CC.

Lusa/fim

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