Israel anuncia milhares de novas habitações para colonos em Jerusalém Oriental

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Porto Canal com Lusa

Jerusalém, 20 fev 2020 (Lusa) -- O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje a construção de milhares de habitações para colonos em Jerusalém Oriental, a zona palestiniana da cidade, menos de duas semanas antes de legislativas cruciais para a sua sobrevivência política.

"Vamos ter mais 2.200 habitações em Har Homa", bairro na zona leste de Jerusalém, declarou Netanyahu num vídeo divulgado pelo seu gabinete, no qual aparece perto do referido colonato.

"Fundei este bairro em 1997 quando fui eleito primeiro-ministro, apesar das objeções de todo o mundo", adiantou.

"Tem hoje 40.000 habitantes e juntamos-lhe 10.000. Har Homa terá 50.000 habitantes, como uma cidade israelita média", disse.

Em campanha para as legislativas de 02 de março, as terceiras em menos de um ano, o primeiro-ministro anunciou também a construção de milhares de habitações num outro setor de Jerusalém Oriental.

"A notícia ainda mais importante hoje é que aprovei a construção em Givat Hamatos. Significa 4.000 novas habitações, 1.000 para os habitantes árabes de Beit Safafa (setor palestiniano próximo) e 3.000 para habitantes judeus", declarou.

A organização israelita Paz Agora considerou que "a construção em Givat Hamatos é um golpe sério para a solução de dois Estados".

"É o último local que permitiria uma continuidade territorial entre Belém (na Cisjordânia) e Jerusalém Oriental", indicou a ONG anti-colonização na rede social Twitter.

Atualmente, mais de 600.000 pessoas vivem em colonatos na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, que os palestinianos reivindicam como capital de um futuro Estado a que aspiram.

A colonização iniciada após a guerra em 1967, que permitiu a Israel ocupar aqueles territórios, acelerou-se nos últimos anos sob impulso de Netanyahu e do seu aliado em Washington, o presidente Donald Trump.

Este último apresentou no fim de janeiro o seu plano para resolver o conflito israelo-palestiniano, que apresenta Jerusalém como "capital indivisível" de Israel e a capital de um eventual Estado palestiniano nos subúrbios da cidade.

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