Grupo pede ao ministro do Ambiente fim do aterro em Valongo devido a cheiros e insetos

| Norte
Porto Canal com Lusa

Um grupo de 25 pessoas concentrou-se hoje à porta da Lipor - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, a pedir o fim do aterro de Valongo, devido aos maus cheiros e aos insetos que atraí.

Vestidos com camisolas pretas em que se lia "Unidos pelo fim do aterro no concelho de Valongo" e envergando uma faixa com a mensagem "Sobrado, Diz Não ao Aterro!", os manifestantes aproveitaram uma visita do ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, à Lipor, em Gondomar, distrito do Porto, para mostrar o seu descontentamento.

À passagem do governante ouviam-se o som de um bombo e, em sintonia, "Não fiques calado, diz não ao aterro", mas Matos Fernandes não parou.

"Estamos aqui para obter respostas, para obter aquilo que não obtivemos até agora", disse à Lusa o presidente da Assembleia-Geral da Associação Jornada Principal, que desde 2019 tem lutado pelo encerramento do aterro.

O fecho é a única solução que Gilberto Gonçalves vê para pôr fim ao "crime ambiental" que diz existir, acrescentando que o aterro começou por receber resíduos inertes, passando agora para "lixo não especificado".

"O que significa que qualquer lixo vai para lá, o que é gravíssimo", afirmou.

O ambientalista sublinhou já ter solicitado informações às mais diversas entidades, não tendo até agora obtido qualquer resposta.

Outra das críticas assenta no facto de a associação ter pedido para integrar a comissão de acompanhamento e a solicitação não ter sido aceite, contou.

O próximo passo é avançar com uma petição pública a pedir o fecho do aterro, para entregar na Assembleia da República.

A morar junto ao aterro, Belém Soares revelou que o cheiro é "horrível" e que não se pode sequer abrir as janelas de casa, pelo que pediu medidas por parte do Governo.

Belém Soares falou ainda no aumento das "baratas e moscas", assim como na contaminação da água.

Já o morador Joaquim Nélson queixou-se das "picadas dos mosquitos" e de não poder estar sentado a apanhar sol porque o cheiro é "nauseabundo".

A 500 metros do local, considerou, a situação está "cada vez pior" - as águas deixaram de ser cristalinas para serem "negras".

Em janeiro ficou a saber-se que a Recivalongo foi em 2019 alvo de processos de contraordenação por incumprimento em matéria de resíduos e águas residuais no aterro, instaurados pela Inspeção-Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e do Ordenamento do Território (IGAMAOT).

Em 03 de fevereiro, o Ministério do Ambiente anunciou a suspensão e revisão das licenças para receber resíduos orgânicos, impedir a entrada de resíduos para eliminação em aterro, aumentar o valor da taxa de gestão de resíduos, ao mesmo tempo que reconheceu a ineficácia da fiscalização.

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